Opinião
Uma nova viagem ao Nosso Lar
Dez anos após primeiro filme, produção volta a abordar aspectos espíritas com elenco reforçado nas telas de cinema
Última atualização: 26/01/2024 20:34
Sucesso em 2010, o filme Nosso Lar conquistou adeptos e não adeptos do espiritismo, assim como já tinha feito a novela A Viagem, de Ivani Ribeiro, em suas duas versões na TV, uma em 1975 (na extinta Tupi) e em 1994 (na Globo).
A questão espiritual é algo que atrai muitos, apesar da atual crescente intolerância religiosa que parece desenfreada no País desde a ascensão da polarização de “ideias” que se difundiu com as redes sociais.
Nosso Lar 2: Os Mensageiros, assim como a primeira produção, tem história baseada na obra do médium Chico Xavier, que psicografou o médico André Luiz (novamente vivido nas telas pelo ator Renato Prieto), protagonista do primeiro filme em sua jornada de descoberta do mundo espiritual.
Agora, ele assume o papel de um evoluído mensageiro, que, em um grupo sob a liderança de Aniceto (papel de Edson Celulari), tem a missão de evitar o fracasso no mundo terreno de três pessoas (espíritos reencarnados) importantes para uma conexão com o mundo espiritual.
O diretor Wagner de Assis (de Chico Para Sempre e Nosso Lar), como todo diretor que se vê frente a uma adaptação, usa a obra de Xavier para delinear sua trama. Mas há diferenças do livro. Elas não devem afastar os espíritas, mas podem deixar um pouco decepcionados os que esperam um filme no mesmo nível do primeiro.
Didaticamente espírita
Muitos cinéfilos têm criticado o exagero no didatismo espírita do filme, o que atrapalha sua condução, além de alguns “efeitos especiais” que poderiam ter tido um cuidado literalmente mais especial.
Seja como for, a ideia agora é, depois de mostrado como funciona o mundo espiritual (a vida após a vida), demonstrar a conexão do Nosso Lar com a Terra e a missão da reencarnação, além de espalhar a mensagem de amor, algo tão necessário em um mundo - para usar um trocadilho - encarnado no ódio.
Nosso Lar 2 traz um elenco reforçado com nomes, além de Celulari e Prieto, como Fábio Lago (o Venâncio de Renascer) e Vanessa Gerbelli (Mulheres Apaixonadas) e Fernanda Rodrigues (de Fuzuê), entre outros.
Não tão inovadora como no primeiro filme, esta nova história traz bons momentos, apesar de menos instigantes, mas ainda interessantes, principalmente para quem não é espírita (como que vos escreve), mas é atraído pela ideologia. Seja como for, o filme vale o ingresso pela mensagem e a leveza, algo tão raro nas nossas vidas atualmente.
Confira aqui o trailer oficial:
A questão espiritual é algo que atrai muitos, apesar da atual crescente intolerância religiosa que parece desenfreada no País desde a ascensão da polarização de “ideias” que se difundiu com as redes sociais.
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A questão espiritual é algo que atrai muitos, apesar da atual crescente intolerância religiosa que parece desenfreada no País desde a ascensão da polarização de “ideias” que se difundiu com as redes sociais.