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LUTO NA PROPAGANDA

Quem foi Washington Olivetto, gênio da publicidade que morreu neste fim de semana; relembre a trajetória

Olivetto foi um dos fundadores da agência de publicidade W/Brasil, que ganhou fama pela música homônima de Jorge Ben Jor

Publicado em: 14/10/2024 às 10h:04 Última atualização: 14/10/2024 às 10h:04
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Washington Olivetto, ícone da publicidade brasileira que morreu neste domingo (13), aos 73 anos. Conhecido como um gênio da publicidade, Olivetto conquistou mais de 40 prêmios no festival de publicidade Cannes Lions.

Morre Washington Olivetto, ícone da publicidade brasileira | abc+



Morre Washington Olivetto, ícone da publicidade brasileira

Foto: @washington.olivetto-Instagram/Reprodução

Entre suas peças de publicidade mais famosas estão a campanha meu primeiro sutiã, para a Valisère, em 1987, e a personagem Garoto Bombril, que ficou no ar de 1978 a 2004.

Ele foi um dos fundadores da agência de publicidade W/Brasil, que ganhou fama pela música homônima de Jorge Ben Jor. Olivetto também foi citado na música Engenho de Dentro, do mesmo artista.

Grande torcedor do Corinthians

O publicitário chegou a ser vice-presidente de marketing do clube e foi um dos fundadores do movimento Democracia Corinthiana.

Olivetto assumiu o cargo no Corinthians quando a função não era disseminada no futebol brasileiro, no começo da década de 1980. A participação dele na criação da Democracia Corinthiana buscava reiterar a imagem da instituição como “clube de todos”.

O movimento era liderado pelos próprios jogadores, em especial Casagrande, Sócrates e Wladimir, que tomavam decisões internas com votação entre os atletas.

Em 2013, Olivetto recebeu uma homenagem da escola de samba da Gaviões da Fiel. O tema do desfile da escola naquele ano foi a história da publicidade brasileira.

“Nos últimos anos aconteceu muita coisa com o futebol: ele passou a ganhar a conotação de primo-irmão da cultura pop. De repente, e através dos europeus, começa-se a implantar, para os astros de futebol, os seus popstars, números parecidos com os da NBA. Um Ronaldinho ou um Beckham é semanalmente visto no mundo por mais pessoas do que o Bono em uma turnê inteira do U2”, analisou sobre a participação de grandes marcas no futebol, ao Estadão, às vésperas da Copa do Mundo de 2006.

“O futebol é o esporte mais miscigenado do mundo. Não só por causa de cada atleta, mas pela mistura da disputa, do contato físico. Essa mistura democratiza e recria a beleza. Muda padrões. De repente, o cabelo arrepiado, o dentão, tudo isso vira um novo signo de beleza. O futebol permite que você seja tão bonito quanto o David Beckham ou o Tévez”, falou naquela entrevista.

O Corinthians lamentou, em nota, a morte do publicitário. “Um dos ícones da publicidade, Olivetto herdou a paixão pelo Corinthians de seu tio Armando. O Corinthians se solidariza com a família nesse momento de dor”, diz um trecho do texto.

Entre as obra criadas por Olivetto, dois livros abordam o clube. Em “Corinthians x Outros”, ele conta partidas fictícias contra times montados por torcedores de outro clubes, como o Santos de Fausto Silva, o Palmeiras de José Serra, o São Paulo de Ricardo Kotscho, o Fluminense de Jô Soares, e o Flamengo de Jorge Ben Jor.

Já em “Corinthians – É Preto no Branco”, ele conta a história do clube como se explicasse a paixão pelo Corinthians a um colega norte-americano. A obra também é assinada pelo jornalista corintiano Nirlando Beirão.

Olivetto ficou quase cinco meses internado no Copa Star, no Rio de Janeiro. Foi o hospital que confirmou a morte do publicitário neste domingo e afirmou não ter autorização da família para divulgar mais detalhes.

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