Sem spoilers
“É oficial. Esta noite será insana”, afirma um dos personagens logo no início do filme O Menu, suspense psicológico disponível no Star+. A produção pode até não estar entre as mais comentadas na mídia, mas vale muito a pena dar uma conferida. (Veja o trailer abaixo).
Dirigido por Mark Mylod, com roteiro de Will Tracy e Seth Reiss, O Menu é estrelado por Anya Taylor-Joy (A Bruxa, O Gambito da Rainha, Fragmentado) e Ralph Fiennes (A Lista de Schindler, Dragão Vermelho, Harry Potter).
A história começa com um grupo de pessoas reunido para jantar em um restaurante de alto padrão, localizado em uma ilha e comandado pelo famoso chef Slowik (Fiennes). A turma é composta basicamente por figuras um tanto antipáticas e esnobes. Integram a roda uma crítica gastronômica com seu parceiro de trabalho, um ator em decadência e sua assessora, um casal em crise, três homens do mercado financeiro e ainda Tyler (Nicholas Hoult), um aprendiz de gourmet deslumbrado com o chef Slowik.
Tyler está acompanhado de Margot (Anya Taylor-Joy), esta se sentindo um peixe fora d’água naquele lugar. “Chegamos à base do monte do papo-furado”, diz a moça, referindo-se às conversas fúteis e notando que seu acompanhante é o mais empolgado e alienado de todos.
O pano de fundo é o universo gourmet e toda sua linguagem característica. A câmera detalha como os pratos são montados cuidadosamente, como se estivéssemos assistindo àqueles programas gastronômicos de TV. O chef e os garçons dão detalhes para impressionar, como: de onde vêm os ingredientes e qual a história por trás de cada um. Porém, erra quem espera um filme sobre comida. A temática é só uma máscara escondendo algo bem mais complexo.
Em vez de vivenciarem uma experiência gastronômica luxuosa, os clientes experimentam um menu cheio de surpresas desagradáveis. E há um problema: mesmo não se sentindo à vontade, são impedidos de ir embora.
A figura central da narrativa é Slowik, celebrado como um artista na cozinha e que, no encontro, age como um místico. Ele se apresenta como uma espécie de justiceiro, guardião do bem e do mal, julgando os convidados por seus comportamentos e expondo suas fraquezas.
Sua adversária é Margot, que, na verdade, não deveria estar ali, porque foi convidada de última hora por Tyler. O chef não sabe nada sobre ela e a vê como um obstáculo para executar seu plano.
Em parte, O Menu lembra produções clássicas, como A Doce Vida (1960), o surrealista O Anjo Exterminador (1962), o argentino Relatos Selvagens (2014) e até o mais recente Glass Onion (2022).
Perturbador, o filme mostra o quanto as pessoas podem ser superficiais. Boa parte não está no restaurante desejando ter uma experiência única de degustação, mas se vangloriar por frequentá-lo. Para o chef Slowik, isso não pode ficar assim, elas precisam receber o que merecem. E ele também não está livre de julgamentos. O filme deixa margem para diferentes interpretações, e este é um bom atrativo.
LEIA TAMBÉM
-
Categorias
- Alecrim
- Araricá
- Balneário Camburiú
- Birigui
- Bom Princípio
- Brasil
- Brasília
- Cachoeirinha
- Cambará do Sul
- Campo Bom
- Canela
- Canoas
- Capão da Canoa
- Capela de Santana
- Caxias do Sul
- Cidade do Vaticano
- Cidreira
- Dois Irmãos
- Estância Velha
- Esteio
- Fortaleza
- Gramado
- Gravataí
- Guaporé
- Igrejinha
- Imbé
- Ivoti
- Lajeado
- Las Vegas
- Londres
- Luque
- Manila
- Montenegro
- Morro Reuter
- Northamptonshire
- Nova Hartz
- Nova Petrópolis
- Novo Hamburgo
- Osório
- Panambi
- Pareci Novo
- Parobé
- Pelotas
- Picada Café
- Portão
- Portland
- Porto Alegre
- Porto Príncipe
- Rio de Janeiro
- Rio Grande do Sul
- Rolante
- Roma
- Santa Maria do Herval
- Santo Antônio da Patrulha
- São Francisco de Paula
- São Leopoldo
- São Paulo
- Sapiranga
- Sapucaia do Sul
- Saquarema
- Spielberg
- Streaming, tevê e cinema
- Taquara
- Tóquio
- Tramandaí
- Três Coroas
- Tupandi
- Vaticano
- Tags