Nostalgia televisiva: Power Rangers estão fazendo 30 anos

Parte da infância de muita gente, os Power Rangers estão completando três décadas. Foi em agosto de 1993 que estreou a primeira temporada da série, que tinha a proposta de adaptar para o mercado norte-americano o fenômeno japonês Super Sentai. Trata-se daqueles seriados que traziam heróis coloridos enfrentando monstros do espaço. OS Super Sentai eram uma variação de outro gênero mais amplo de super-heróis japoneses da tevê, o Tokusatsu. Jaspion e Changeman estão entre os mais conhecidos. 

Foi no meio do sucesso internacional deste tipo de série, ainda nos anos 1970, que empresas japonesas e norte-americanas de comunicação começaram tratativas para produzir e distribuir nos EUA uma versão local das aventuras do estilo Super Sentai. A primeira tentativa, ainda nos anos 1970, foi entre a norte-americana Marvel e a Toei, tradicional produtora japonesa. Mas não foi adiante.

Após idas e vindas, foi em 1993 que foi lançado Mighty Morphin Power Rangers, em coprodução entre a Toei e a norte-americana Saban Entertainment.

A história acompanhava um grupo de jovens humanos recrutados por um mestre alienígena para defender a Terra contra invasores. Eles aprendiam a se transformar em heróis, os Power Rangers, que usavam armas especiais, pilotavam máquinas gigantes e atuavam em grupo.

As primeiras temporadas usavam muitas cenas de seriados japoneses da Toei. Cenas originais com os atores dos Power Rangers eram enxertadas.

Houve relativo sucesso, principalmente no mercado dos EUA, onde normalmente há rejeição a produções importadas ou dubladas. Foram oficialmente 29 temporadas, em diferentes séries, até 2022. Houve também cinco filmes, em 1995, 1997, 2003 e 2017. Nos EUA, as emissoras que exibiram foram, sucessivamente, a Fox, ABC, Nickelodeon e, recentemente, Netflix.

No Brasil, curiosamente, os Power Rangers não atingiram a popularidade de séries como Jaspion. Em parte, isso aconteceu porque por aqui, diferentemente dos EUA, as séries japonesas já eram exibidas. Comparativamente, as nipônicas tinham um nível bem melhor, até porque as primeiras temporadas dos Power Rangers eram feitas em vídeo, enquanto os seriados japoneses ainda eram filmados com película.

A produção dos Power Rangers foi meio tumultuada ao longo destas três décadas. A produtora original Saban rompeu com a Toei em 2001, quando a Disney assumiu a parte norte-americana na franquia. Houve até disputa legal até que, em 2010, a Saban voltou à parceria com a Toei. A partir de 2018, a Hasbro entrou na sociedade.

Já no ano passado houve especiais preparando o lançamento de mais um reboot.