Minissérie de televisão que marcou época, Pássaros Feridos (Thorn Birds) virou quarentona. A produção foi lançada originalmente em março de 1983 nos Estados Unidos, pela rede ABC. Por aqui, passaria mais tarde.
Rachel Ward e Richard Chamberlain estrelavam a história, baseada no livro de Colleen McCullough publicado em 1977. O livro originalmente narrava a saga de uma família no interior da Austrália em 1920, às voltas com todo tipo de dificuldades. Na tevê, ganhou mais dimensão a trama do envolvimento romântico entre o religioso vivido por Richard Chamberlain e a jovem interpretada por Rachel Ward.
A história envolvia o tabu da proibição de casamento para sacerdotes católicos. Como pano de fundo, havia o desafio do clima árido australiano.
Pássaros Feridos aproveitou grande timing na dupla de protagonistas. Chamberlain, que havia se consagrado com a série médica Dr. Kildare, durante os anos 1970, havia protagonizado a minissérie Shogun em 1980, uma superprodução televisiva. Quando Thorn Birds estreou, já era um galã consagrado. Ponto importante em uma trama que fez grande sucesso com o público feminino.
Rachel Ward estava no auge da beleza e vinha de participações mais discretas. Havia feito um pequeno papel na série televisiva Dinastia em 1981 e havia aparecido na comédia de Steve Martin Cliente Morto não Paga, em 1982.
Depois do tremendo sucesso da produção televisiva, Ward iria protagonizar no cinema um ambicioso romance que acabou não dando muito certo, Paixões Violentas, ao lado de Jeff Bridges e James Woods. O filme acabou ficando mais famoso pela canção-tema interpretada por Phil Collins. O videoclipe trazia cenas. Rachel Ward diversificou carreira, fazendo também teatro e dirigindo filmes e produções de tevê.
Chamberlain ainda estrelaria produções de cinema, como a série Alain Quatermain, baseada no personagem de As Minas do Rei Salomão, com filmes em 1985 e 1986. Ele progrediu para papéis como veterano, como em A Volta dos Três Mosqueteiros (1989) e até ponta em Twin Peaks, o Retorno (2017). Sua carreira seguiu oscilando entre a tevê e o cinema. Também foi dublador, até em filmes de super-heróis, como Liga da Justiça: Deuses e Monstros, em 2015.
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