VOLTOU À PROGRAMAÇÃO DA TV GLOBO
LINHA DIRETA: Programa sobre caso Eloá escancara interferência da imprensa e falhas da Polícia
Episódio de estreia abordou contato de Sonia Abrão e de outros jornalistas com o sequestrador
Última atualização: 06/03/2024 10:22
Depois de 15 anos fora do ar, Linha Direta retornou à grade de programação da TV Globo na última quinta-feira (4). E o programa episódio de estreia abordou o caso que parou o Brasil em 2008: o sequestro e o feminicídio de Eloá Cristina Pimentel.
Sob o comando de Pedro Bial, o Linha Direta elencou diversos erros da polícia na negociação da libertação da adolescente, além de não poupar Sonia Abrão, que na época ficou conhecida por entrevistar o criminosos, Lindemberg Alves, que mantinha Eloá presa em um apartamento no ABC Paulista, em São Paulo.
Mesmo que o nome da apresentadora não tenha sido citado no decorrer do programa, a atração deixou bem claro que o envolvimento da imprensa no caso foi além do que deveria – inclusive da própria TV Globo. Segundo o Uol, sem citar o nome de Sonia, o episódio a colocou na situação de negociadora.
Conforme o promotor de Justiça Antonio Nobre Folgado, havia um acordo feito entre o capitão, o irmão de Eloá e Lindemberg para que o sequestrador se rendesse. Assim que ele recebeu o telefonema da apresentadora, o criminoso percebe que está ao vivo e prolongou a situação, "porque ele era o centro das atenções".
O programa mostrou ainda que Sonia não foi a única que entrou em contato com Lindemberg. Zelda Mello conversou com o sequestrador e, da mesma maneira, outras conversas foram registradas pela emissora – o que mostra a proximidade da imprensa no caso. O criminoso assistia a tudo em tempo real.
Segundo análise de César Tralli, entrevistado, os agentes deveriam dificultar o trabalho dos jornalistas, o que não aconteceu. Todas as conversas e negociações foram acompanhadas por cinco dias a fio e houve até matinal pedindo que as reféns dessem sinais pela janela.
Em conversa com o portal, Sonia Abrão diz não ter se arrependido de ter entrevistado o criminoso e afirma que foi um dos poucos momentos em que ele havia se acalmado ao longo das mais de 100 horas de cárcere privado. O que fica claro é que o contato de Lindemberg com os repórteres não era exclusividade da apresentadora e ocorreu com constância. No entanto, ela foi a mais criticada pelo ato.
Depois de 15 anos fora do ar, Linha Direta retornou à grade de programação da TV Globo na última quinta-feira (4). E o programa episódio de estreia abordou o caso que parou o Brasil em 2008: o sequestro e o feminicídio de Eloá Cristina Pimentel.
Sob o comando de Pedro Bial, o Linha Direta elencou diversos erros da polícia na negociação da libertação da adolescente, além de não poupar Sonia Abrão, que na época ficou conhecida por entrevistar o criminosos, Lindemberg Alves, que mantinha Eloá presa em um apartamento no ABC Paulista, em São Paulo.
Mesmo que o nome da apresentadora não tenha sido citado no decorrer do programa, a atração deixou bem claro que o envolvimento da imprensa no caso foi além do que deveria – inclusive da própria TV Globo. Segundo o Uol, sem citar o nome de Sonia, o episódio a colocou na situação de negociadora.
Conforme o promotor de Justiça Antonio Nobre Folgado, havia um acordo feito entre o capitão, o irmão de Eloá e Lindemberg para que o sequestrador se rendesse. Assim que ele recebeu o telefonema da apresentadora, o criminoso percebe que está ao vivo e prolongou a situação, "porque ele era o centro das atenções".
O programa mostrou ainda que Sonia não foi a única que entrou em contato com Lindemberg. Zelda Mello conversou com o sequestrador e, da mesma maneira, outras conversas foram registradas pela emissora – o que mostra a proximidade da imprensa no caso. O criminoso assistia a tudo em tempo real.
Segundo análise de César Tralli, entrevistado, os agentes deveriam dificultar o trabalho dos jornalistas, o que não aconteceu. Todas as conversas e negociações foram acompanhadas por cinco dias a fio e houve até matinal pedindo que as reféns dessem sinais pela janela.
Em conversa com o portal, Sonia Abrão diz não ter se arrependido de ter entrevistado o criminoso e afirma que foi um dos poucos momentos em que ele havia se acalmado ao longo das mais de 100 horas de cárcere privado. O que fica claro é que o contato de Lindemberg com os repórteres não era exclusividade da apresentadora e ocorreu com constância. No entanto, ela foi a mais criticada pelo ato.