“Eu estava super magra e todo mundo me elogiava”, disse a filha de Flávia Alessandra. Ela revelou que, na época, o motivo da magreza era a bulimia, um transtorno alimentar.
Foto: Redes Sociais/Reprodução
Filha da atriz com o ator Marcos Paulo (1951-2012), Giulia Costa usou as redes sociais, nesta terça-feira (9), para desabafar sobre a pressão estética e sua relação com seu corpo. A jovem, que já passou por transtornos alimentares, hoje em dia busca desconstruir a ideia do corpo ideal e perfeito.
“A minha relação com corpo, alimentação, exercício físico, é bem conturbada”, disse. “É muito doido porque hoje em dia estou disparado na minha melhor fase de vida no geral […] mas estou na minha pior fase com o meu corpo, para o que a sociedade considera, e talvez eu comigo mesma também, porque ainda estou tentando me desconstruir dessa ideia de corpo ideal e perfeito.”
Apesar de relatar que não se sente bem com seu corpo, ela explicou que quando estava mais magra, passou por episódios de bulimia em busca de atingir o corpo considerado ideal.
“Estava em um relacionamento superabusivo, a manutenção dessa magreza que não é natural para mim, até porque cada um tem um biotipo, era muito dura”, disse.
Além disso, Giulia passava horas em jejum que desencadeavam quedas de pressão. Na legenda do vídeo, ela ainda recomendou que pessoas que estejam passando por situações parecidas liguem para o Centro de Valorização da Vida (CVV).
O que é bulimia e os transtornos alimentares
Os transtornos alimentares são condições psiquiatras caracterizadas por uma relação nada saudável com a comida, diretamente ligados à distorção de imagem. No mundo, mais de 70 milhões de pessoas possuem algum distúrbio do tipo, conforme o Ministério da Saúde.
Entre eles, estão a anorexia, compulsão alimentar e a bulimia, que é o caso relatado por Giulia, além de outros.
A pessoa que sofre com a bulimia acaba comendo uma quantidade grande de alimentos em um curto espaço de tempo e, logo após, passa a utilizar os chamados “métodos compensatórios”. Eles são a indução de vômito, até o uso de laxantes e diuréticos. Tudo para evitar aumentar o peso.
“O medo excessivo de ganhar peso e o valor próprio muito centrado na imagem são fatores fundamentais para o diagnóstico”, explicou a psiquiatra especialista em transtornos alimentares da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Mara Maranhão à pasta.
Onde procurar ajuda?
O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas por dia.
O CVV tem cerca de 3 mil voluntários e atende aproximadamente 8 mil ligações por dia.
Telefone do CVV: 188
