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Em 'O Cangaceiro do Futuro', o sertão de Lampião é desconstruído de forma bem-humorada
Série de comédia, disponível na Netflix, acompanha um nordestino que ao desejar voltar à sua terra natal acaba por fazer uma viagem no tempo
Última atualização: 11/01/2024 12:16
Virguley é um dos tantos nordestinos que migra para São Paulo tentando melhorar de vida, ora trabalhando como motoboy, ora interpretando Lampião em um grupo de teatro de rua. As dificuldades o motivam a sonhar com o retorno à sua terra e, após ser agredido por uma gangue, é ajudado por Padre Cícero a voltar ao Nordeste. Só que tem um porém: Virguley se transporta para o ano de 1927, época na qual Lampião e seu bando dominavam o sertão.Assim começa esta série brasileira de comédia, dirigida por Halder Gomes (Cine Holliúdy, de 2012; e o Shaolin do Sertão, de 2016) e lançada em dezembro pela Netflix. É uma produção de humor que usa em abundância a estética visual do Nordeste e as gírias locais; nada, claro, inovador ao grande público se relembrarmos a quantidade de filmes e telenovelas já criados com essa mesma fórmula. Entretanto, levada para o universo das séries, a história ganha ares de novidade e cumpre bem sua missão de fazer rir e distrair.
Aliás, não só o formato, mas o roteiro criativo desperta interesse pela trama. Nela, Virguley (Edmilson Filho), ao chegar ao sertão do começo do século 20, pensa inicialmente estar um parque temático – lembrando um pouco o filme 'Loucuras na Idade Média', com Martin Lawrence –, mas vai percebendo que viajou no tempo e sua semelhança com o rei do cangaço mobiliza o povo à sua volta. Ele então tira proveito disso, embora enfrente os perigos de uma terra sem leis.Em sua estada no vilarejo de Caatingueiras, o engraçado e falso cangaceiro não deixa de falar nomes e expressões do futuro, como “dar match”, hobby, Van Damme, ativo a longo prazo, delivery –, confundindo e ao mesmo tempo tomando a atenção da população local, principalmente de sua nova amada Mariá (Chandelly Braz).
A moça, por sinal, é um dos destaques por ser uma mulher independente que deseja se tornar cangaceira. E em tempos de valorização da representatividade, não somente Mariá, mas outros personagens também desconstroem padrões em histórias desse tipo.
São curtos sete episódios de série, acompanhando o disfarçado rei do cangaço em seu envolvimento com a comunidade e a montagem de um novo bando, sem se dar conta de que despertará a curiosidade e a ira do verdadeiro Lampião. O encontro parece inevitável.
Assista ao trailer:
Virguley é um dos tantos nordestinos que migra para São Paulo tentando melhorar de vida, ora trabalhando como motoboy, ora interpretando Lampião em um grupo de teatro de rua. As dificuldades o motivam a sonhar com o retorno à sua terra e, após ser agredido por uma gangue, é ajudado por Padre Cícero a voltar ao Nordeste. Só que tem um porém: Virguley se transporta para o ano de 1927, época na qual Lampião e seu bando dominavam o sertão.Assim começa esta série brasileira de comédia, dirigida por Halder Gomes (Cine Holliúdy, de 2012; e o Shaolin do Sertão, de 2016) e lançada em dezembro pela Netflix. É uma produção de humor que usa em abundância a estética visual do Nordeste e as gírias locais; nada, claro, inovador ao grande público se relembrarmos a quantidade de filmes e telenovelas já criados com essa mesma fórmula. Entretanto, levada para o universo das séries, a história ganha ares de novidade e cumpre bem sua missão de fazer rir e distrair.
Aliás, não só o formato, mas o roteiro criativo desperta interesse pela trama. Nela, Virguley (Edmilson Filho), ao chegar ao sertão do começo do século 20, pensa inicialmente estar um parque temático – lembrando um pouco o filme 'Loucuras na Idade Média', com Martin Lawrence –, mas vai percebendo que viajou no tempo e sua semelhança com o rei do cangaço mobiliza o povo à sua volta. Ele então tira proveito disso, embora enfrente os perigos de uma terra sem leis.Em sua estada no vilarejo de Caatingueiras, o engraçado e falso cangaceiro não deixa de falar nomes e expressões do futuro, como “dar match”, hobby, Van Damme, ativo a longo prazo, delivery –, confundindo e ao mesmo tempo tomando a atenção da população local, principalmente de sua nova amada Mariá (Chandelly Braz).
A moça, por sinal, é um dos destaques por ser uma mulher independente que deseja se tornar cangaceira. E em tempos de valorização da representatividade, não somente Mariá, mas outros personagens também desconstroem padrões em histórias desse tipo.
São curtos sete episódios de série, acompanhando o disfarçado rei do cangaço em seu envolvimento com a comunidade e a montagem de um novo bando, sem se dar conta de que despertará a curiosidade e a ira do verdadeiro Lampião. O encontro parece inevitável.
Assista ao trailer:
Aliás, não só o formato, mas o roteiro criativo desperta interesse pela trama. Nela, Virguley (Edmilson Filho), ao chegar ao sertão do começo do século 20, pensa inicialmente estar um parque temático – lembrando um pouco o filme 'Loucuras na Idade Média', com Martin Lawrence –, mas vai percebendo que viajou no tempo e sua semelhança com o rei do cangaço mobiliza o povo à sua volta. Ele então tira proveito disso, embora enfrente os perigos de uma terra sem leis.Em sua estada no vilarejo de Caatingueiras, o engraçado e falso cangaceiro não deixa de falar nomes e expressões do futuro, como “dar match”, hobby, Van Damme, ativo a longo prazo, delivery –, confundindo e ao mesmo tempo tomando a atenção da população local, principalmente de sua nova amada Mariá (Chandelly Braz).