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NEUROCIÊNCIA

Como as emoções de Divertida Mente 2 são formadas no cérebro?

Entenda quais neurotransmissores, como serotonina e testosterona, têm a ver com a criação das emoções da animação

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Publicado em: 10/07/2024 às 17h:05 Última atualização: 10/07/2024 às 17h:05
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Enquanto Riley é a protagonista, as verdadeiras estrelas de Divertida Mente 2 são as emoções na cabeça da pré-adolescente. Mas como elas são formadas no cérebro?

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Como as emoções de Divertida Mente 2 são formadas no cérebro?

Foto: Pixar/Disney

As emoções nascem da atividade cerebral em regiões diferentes do cérebro. Por exemplo, a amígdala cerebral integra as emoções, comportamentos emocionais e a motivação, de acordo com a Sociedade de Neurociências (SFN). 

Entre as regiões, estão o hipotálamo, córtex pré-frontal, hipocampo e mais. E, dentre os responsáveis importantes estão os hormônios e neurotransmissores, de acordo com o Pós PhD em neurociência e membro da Sociedade de Neurociências (SFN) doutor Fabiano de Abreu Angrela.

Os neurotransmissores são “mensageiros químicos”, produzidos por neurônios, que enviam mensagens entre eles. E, de acordo com o Conselho Federal de Química (CFQ), estão relacionados às emoções e sentimentos.

Confira quais neurotransmissores estão por trás das emoções de Divertida Mente 2:

Alegria

Por trás da Alegria, estão a dopamina, serotonina e endorfina. Estes neurotransmissores estão “relacionados com prazer, motivação, euforia, humor e alívio”, segundo Angrela. Inclusive, quando a dopamina está em níveis saudáveis, ela pode ajudar na manutenção do bom humor, conforme o CFQ.

Tristeza

Já a tristeza estaria relacionada a “baixos níveis de serotonina, noradrenalina e cortisol”, os neurotransmissores que têm a ver com a introspecção, estresse e alerta, de acordo com Alegra.

O CFQ afirma que a diminuição de noradrenalina, serotonina e dopamina está relacionada com os sintomas da depressão. Porém, caso a primeira aumente demais, pode indicar o desenvolvimento da mania, uma das fases do transtorno de bipolaridade.

Raiva

A raiva está relacionada com a testosterona, noradrenalina e o cortisol, que são neurotransmissores ligados a emoções intensas, como a agressividade, a impulsividade e o desejo por dominância.

Ao contrário da tristeza, neste caso, a noradrenalina é o hormônio acionado durante as situações de luta ou fuga, que aumenta a frequência cardíaca.

Medo

Adrenalina e noradrenalina, responsáveis pelo instinto de “lutar ou fugir”, estariam por trás do medo. junto ao cortisol, “que lida com o estresse e contribui para um estado de alerta aos perigos”, afirma Angrela.

Nojinho

Glutamato, que “age na correlação entre memórias desagradáveis e experiências atuais”, é um dos neurotransmissores da Nojinho. Além dele está a dopamina, que “contribui para intensificar a reação ao nojo” e a serotonina, “que aumenta a resposta à aversão”.

Ansiedade

A noradrenalina volta a estar envolvida com o nascimento de uma emoção. Desta vez, da ansiedade, já que ela “prepara o corpo para respostas a situações de estresse”. A serotonina em níveis baixos também é responsável.

O cortisol é responsável por gerenciar o estresse e a GABA é o neurotransmissor da calma e do relaxamento, ajuda a regular a atividade ansiosa.

Vergonha

Já a Vergonha é criada a partir da serotonina, que “contribui para influenciar sentimentos de vergonha e autocrítica”, junto ao cortisol, que regula o estresse e pode intensificar o sentimento.

Inveja

Conforme o PhD em neurociência, a ocitocina estaria por trás da Inveja, já que ela é responsável “por emoções sociais e influencia sentimentos de desonestidade”. Além dela, a dopamina, que “intensifica a busca por objetivos”.

Tédio

Já o tédio vem da adenosina, um neurotransmissor inibitório, que modula a liberação de outros. No caso, ela “regula o estado de sono-vigília, o que pode contribuir para um sentimento de desinteresse e sonolência”.

Junto à ela está o glutamato, responsável pelo efeito excitatório no cérebro. “Quando está desregulado pode gerar tédio e desinteresse nas tarefas”, explica.

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