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NAS TELONAS

CINEMA: Os eternos 3 Mosqueteiros estão de volta com D'Artagnan

Produção chega às telas com grande elenco e uma nova maneira de contar a clássica história de Alexandre Dumas

Guilherme Schmidt
Publicado em: 20/04/2023 às 23h:32 Última atualização: 04/03/2024 às 16h:37
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Chega ao cinema mais uma aventura de capa e espada (como o divertido e elegante gênero de ação é intitulado) baseada na famosa obra do romancista e dramaturgo francês Alexandre Dumas. As aventuras de três mosqueteiros – Athos, Porthos, Aramis – e um aspirante a mosqueteiro – D’Artagnan – já foram contadas, recontadas, modificadas, viraram desenho animado (até com o Mickey), ganharam derivações… Enfim, nos 179 anos desde o lançamento, a clássica obra já inspirou dezenas de produções.

Porthos, Aramis, Athos e D'Artagnan



Porthos, Aramis, Athos e D’Artagnan

Foto: Divulgação

Mas, então, porque um novo filme sobre uma história tão manjada criada no século 19 sobre personagens da França do século 17? A novidade está na forma de contar e mostrar de forma mais “moderna” a história. É tipo fazer um filme sobre Jesus.

Você sabe que ele morre a ressuscita no final, mas a maneira como se monta esta jornada é que atrai o espectador – ou não (Mel Gibson com seu polêmico A Paixão de Cristo que o diga).

As atrações

Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan, do jovem diretor francês Martin Bourboulon (43 anos e apenas no seu quarto longa em sete anos – fez Eiffel e Relacionamento À Francesa 1 e 2), traz um roteiro inteligente, a adoção de cenas de ação em plano-sequência (aquela feita sem corte de edição) e um elenco talentoso, com nomes conhecidos – e respeitados no exigente cinema francês – como a sempre bela e fatal Eva Green e o carismático Vincent Cassel.

A história segue o mesmo fio da obra literária: o jovem D’Artagnan vai a Paris para se tornar um mosqueteiro da guarda real de Luiz XIII, se envolve em brigas e numa delas encontra o trio de mosqueteiros que dá nome à obra e tem seus talentos na ponta da espada (ou melhor, do florete). A trama segue em meio à disputa pelo poder entre o rei, a rainha e o cardeal seues “entornos”.

Outros filmes

Com boas interpretações de Eva (a Milady de Winter), Cassel (como Athos) e de Vicky Krieps como a rainha da França e do próprio personagem título vivido pelo emergente ator francês François Civil, a produção D’Artagnan conquista os fãs dos filmes “capa e espada” com uma trama que, se não chega a ser sensacional, fica muito acima de outras produções como, por exemplo, a de Paul Anderson em 2011, com Milla “Resident Evil” Jovovich, Christoph Waltz e Orlando Bloom, ou a pop engraçadinha de 1993 com Charlie Sheen, Kiefer Sutherland, Chris O’Donnell e Tim Curry, com direito ao hit All for Love de Bryan Adams com Sting e Rod Stewart.

Este novo D’Artagnan mantém o humor do gênero de forma “clássica”, tem ação, suspense, intrigas, enfim nos leva a uma bela aventura na França dos anos 1600. É meio Sessão da Tarde, mas com marca de grande produção. Ah, e até já tem sequência para o final do ano: Os Três Mosqueteiros: Milady.

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