A atriz Aracy Balabanian morreu nesta segunda-feira (7), no Rio de Janeiro, aos 83 anos. Ela estava internada em uma clínica lutando contra um câncer no pulmão. Um dos ícones da televisão brasileira, Aracy eternizou personagens como Cassandra, de Sai de Baixo, e Dona Armênia, de Rainha da Sucata e Deus nos Acuda – sim, a personagem fez tanto sucesso que esteve em duas novelas em dois anos.
Foto: ARQUIVO
Em junho deste ano Aracy apareceu no catálogo do streaming GloboPlay com a publicação da novela Locomotivas, sucesso da faixa das 19 horas na Globo em 1977. Na história, a atriz deu vida a uma das protagonistas, a batalhadora Milena, que disputa o amor de um homem com a própria filha.
O último trabalho inédito de Aracy Balabanian foi em 2019, quando participou do especial Juntos a Magia Acontece, exibido na programação de fim de ano da Globo. No ano anterior ela havia participado de Malhação: Vidas Brasileiras, também na Globo. A atriz estava escalada para a novela Quanto mais vida melhor, de 2021, mas acabou não participando da trama. Ela já vinha apresentando problemas de saúde na época. Em 2022 chegou a ser internada com quadro de infecção respiratória.
Em agosto de 2022 Aracy Balabanian fez a que seria sua última aparição inédita na televisão: uma entrevista no programa Conversa com Bial, na Globo. Desde então ela estava afastada do vídeo e também não fez mais qualquer tipo de trabalho.
A frequência menor dos últimos anos em nada lembrava o início da carreira da atriz, que já foi uma das mais requisitadas da Globo. Desde a estreia, nos anos 1960, ela protagonizou grandes sucessos como Antônio Maria (1968) e Nino, o Italianinho (1969), ambas na extinta TV Tupi. Sua estreia na Globo foi em 1972, já como protagonista, na novela O primeiro amor. Aracy também teve destaque em Vila Sésamo (1972) e as novelas Pecado Rasgado (1978), Coração Alado (1980), Elas por Elas (1982), Ti Ti Ti (1985), entre outras.
Entre as personagens mais lembradas está a Dona Armênia, de Rainha da Sucata (1990), sempre às voltas com “as três filhinhas” e com o bordão “Na chón!”. De tanto sucesso, a escandalosa dona de casa voltou à cena na novela seguinte de Silvio de Abreu, Deus nos Acuda (1992).
Depois, ela ainda recebeu prêmios pela italiana Filomena Ferreto de A Próxima Vítima (1995). A Cassandra do Sai de Baixo (1996-2002) também marcou sua carreira. No retorno às novelas com o fim do seriado, esteve em Da cor do pecado (2004), Passione (2010), Cheias de Charme (2012), Geração Brasil (2016), entre vários outros títulos.
LEIA TAMBÉM
