Em pauta
Fórum Ser Educação debate o futuro do ensino
Evento reuniu educadores no Teatro do CEI, em Campo Bom, e contou com palestra magna do doutor em Comunicação Dado Schneider
Última atualização: 10/10/2024 11:07
Com uma plateia formada por professores e entusiastas da educação, a terceira edição do Fórum Ser Educação debateu o futuro do ensino em meio às transformações geracionais e tecnológicas. O evento - capitaneado pelo Grupo Sinos e entidades parceiras - ocorreu na tarde desta quarta-feira (9) no Teatro do CEI, em Campo Bom, e reuniu mais de 200 profissionais da área.
Durante quatro horas, o público participou de uma imersão sobre a educação do futuro, com um olhar especial para os temas da inovação, ensino profissional e inclusão — que integram os três pilares da 5ª edição do projeto Ser Educação.
Responsável pela palestra magna desta edição, Dado Schneider abordou o que se pode fazer, hoje, pelo futuro da educação. Para o doutor em Comunicação, entender a mudança geracional e como se conectar com as novas gerações é fundamental para alcançar sucesso no ensino. "Linguagem, canais e uma baita aula", indica.
Ele explica que o professor precisa conhecer a linguagem dos seus alunos, a forma como se relacionam, e os meios (canais) que se informam e se comunicam. "Mas uma coisa nunca muda: uma boa aula. Nada supera uma baita aula. Afinal, como já diziam: não existe matéria chata, existe professor chato", provoca.
Responsável por falar sobre inovação, o professor do Senac Novo Hamburgo Émerson Reis lembrou que a inteligência pode ser artificial, mas o professor não. "Uma sala de aula humanizada é um lugar extremamente inovador", avalia.
Na mesma linha, a pró-reitora de Ensino da Universidade Feevale, Maria Cristina Bohnenberger, destacou que a sala de aula do futuro precisa ser um ecossistema de aprendizagem. "Onde a tecnologia entra como auxiliar do processo educacional", observa.
Responsável por falar sobre inclusão e diversidade, a mestre em História Bruna dos Santos conduziu uma reflexão sobre como o ambiente escolar pode ser mais inclusivo e diverso. "Nosso papel é olhar e ouvir com carinho as nossas crianças, tendo elas laudo ou não", enfatiza.
Émerson Reis | Mestre em Indústria Criativa e professor do Senac Novo Hamburgo
Ao defender que inovação não significa apenas tecnologia, ele reflete que a Inteligência Artificial é uma auxiliar, mas que o ser humano segue sendo o lugar de destaque. “Teremos muitas inovações, mas a gente continua dependendo das pessoas”.
Maria Cristina Bohnenberger | Pró-reitora de Ensino da Universidade Feevale
Ao levantar a bandeira da formação mais coerente, a professora ressaltou sobre a importância de um ecossistema de aprendizagem que favoreça o conhecimento e as trocas entre professores e alunos. Como case, ela detalhou os avanços conquistados pela Escola de Aplicação Feevale.
Bruna dos Santos | Mestre em História e pós-graduanda em Processos Inclusivos
Ao provocar a reflexão sobre a inclusão em sala de aula, ela defendeu o papel do professor, a visão atenta e acolhedora aos alunos e a importância de observar os hiperfocos e gatilhos. “Nossos alunos podem chegar aonde eles quiserem, e passa por nós também acreditar nisso”, defende.