Medos são coisas normais e quem não fica estressado com mudanças na rotina? Entretanto, é preciso ficar atento aos sinais da fobia escolar nesta volta às aulas.
O que é fobia escolar?
A fobia escolar não é apenas o medo de ir para a escola. É ele em conjunto com uma ansiedade excessiva por conta do afastamento de casa ou de figuras importantes de vinculação, como os pais, de acordo com o artigo Existe Medo de ir à Escola? publicado na Revista Publicatio Ciências Humanas Linguística, Letras e Artes, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
Quais os sintomas de fobia escolar?
Entre os sintomas, está a preocupação excessiva com as figuras de vinculação, o medo inapropriado de ficar sozinho e pesadelos envolvendo separação dessas figuras. Crianças diagnosticadas com a fobia geralmente têm a necessidade de estar em constante contato com os pais para entenderem que estão bem.
Além disso, o aluno sente o medo de ir às aulas junto a sintomas físicos.
E os sintomas físicos da fobia escolar?
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dores abdominais
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dor de cabeça
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náuseas
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vômitos
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sintomas cardiovasculares (palpitações, tontura
e sensação de desmaio)
Os cardiovasculares são mais comuns em crianças mais velhas ou adolescentes.
Fobia escolar x ansiedade da separação: qual a diferença
A ansiedade da separação é normal durante algumas etapas do desenvolvimento infantil, mais comum em crianças pré-escolares ou no início da escolarização, além de alunos que estão mudando de escola. Entretanto, ela é caracterizada pelo medo de deixar os pais e, com a adaptação, os sintomas podem sumir e deixarem de existir após um mês.
Já na fobia escolar, o medo que causa a ansiedade e, por consequência, todos os sintomas, é de algo relacionado ao ambiente escolar. Não é somente estar em frente ao prédio, ou dentro dele, que causa o medo, mas qualquer coisa que o lembre o local como “quando percebem que o horário de ir à escola está chegando, por exemplo, quando os pais pedem para que a criança coloque o uniforme ou arrume seus materiais”, afirma o estudo.
Essa ansiedade pode se transformar em ataque de pânico, que assume a forma de choro, imobilidade, ataques de raiva, evitação ou fuga da situação, em crianças.
Como tratar a fobia escolar
O tratamento pode ser feito em terapia familiar ou individual, com medicamentos e, caso seja grave, em hospitalização. O melhor é começar a tratar logo no começo dos sintomas, segundo a pesquisa. Para isso, é necessário levar o estudante a um especialista, de preferência um psicólogo na abordagem cognitivo comportamental.
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