O tabagismo é responsável por cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão. No Rio Grande do Sul, é a principal causa de morte relacionada a neoplasias e, também, de internações decorrentes desses tumores.
Para chamar a atenção sobre os riscos do ato de fumar e a importância de observar sintomas da doença, foi criada a campanha Agosto Branco, dedicada à prevenção do câncer de pulmão.
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“O risco de um fumante desenvolver câncer de pulmão é cerca de 30 vezes maior do que o de alguém que nunca fumou”, alerta Guilherme Geib, oncologista do Hospital Moinhos de Vento.
Segundo ele, a cessação do tabagismo é a melhor forma de prevenir a doença. “É difícil estimar um percentual de redução de risco, mas a lógica é que ele é cumulativo, ou seja, quanto antes parar, melhor”, reforça Geib.
Além de parar com o cigarro, indivíduos fumantes e ex-fumantes (com carga tabágica a partir de 20 maços/ano) têm indicação de fazer exames de rastreamento a partir dos 50 anos.
As sociedades Brasileira de Cirurgia Torácica e Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem afirmam que, no Brasil, apenas 15% dos casos de câncer de pulmão são diagnosticados nos estágios iniciais.
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Rastreamento precoce
O rastreamento precoce reduz a mortalidade em 20% e, quando associado à cessação do tabagismo, o índice sobe para 38%, destacam as instituições.
Embora esteja intimamente relacionado ao hábito de fumar, pessoas que nunca fumaram também podem desenvolver a doença.
Para essa população, observa Geib, não há uma estratégia de rastreamento definida. O mais importante é atentar para os sintomas, que incluem tosse (com ou sem expectoração mucosa), tosse com sangue, dor no peito, rouquidão, entre outros.
Com uma estimativa de mais de 32,5 mil novos casos por ano do triênio 2023 – 2025, o câncer de traqueia, brônquios e pulmão é o quarto mais frequente no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Em 2020, foram mais de 16 mil óbitos em decorrência da doença no país.
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