Por que as pessoas reclamam? Pesquisas recentes mostram que a maioria das pessoas reclama pelo menos uma vez por minuto durante uma conversa. E tem mais: essa reclamação constante reprograma o cérebro para tornar reclamações futuras mais prováveis, o que acaba por danificar o órgão.
Pesquisadores da Universidade de Stanford já mostraram que reclamar encolhe o hipocampo, uma área que é responsável pelo pensamento inteligente e pela resolução de problemas.
“O nosso cérebro, diante do desconforto, ele sempre vai buscar alguma válvula de escape”, explica André Buric, especialista e mestrando em neurociência comportamental. Buric explica que o cérebro “gosta” de eficiência. Quando ele aprende um comportamento e passa a repeti-lo, como reclamar, os neurônios se organizam para facilitar o fluxo de informações, tornando o hábito cada vez mais fácil e fazendo com que, com o tempo, a pessoa se torne mais negativa do que positiva.
Reclamar é tentador porque faz sentir bem, assim como fumar, comer gordura e se entupir de bebida alcoólica – mas não faz bem para o nosso corpo.
Com o tempo, a pessoa tende a se tornar uma “reclamadora crônica”, daquelas que ninguém consegue ficar perto ou estabelecer um diálogo. Mas é preciso entender que reclamar não ajuda a solucionar problemas, não traz felicidade, muito pelo contrário. Entender os motivos por trás da reclamação é que pode abrir um caminho para a resolução dos problemas.
“Essas pessoas geralmente gostam de dizer ‘Ah não, mas é o meu direito reclamar’. Tudo bem, é o seu direito reclamar, mas não é o seu direito e nem obrigação da outra pessoa ouvir a sua reclamação”, finaliza o especialista.
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