Estudo da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) lançado no âmbito da campanha “Julho Azul Celeste” revela novas informações sobre a saúde do homem. Mostra, por exemplo, que mais da metade dos entrevistados admite ter falhado na hora H e que a falta de exercício físico é uma causa importante da disfunção erétil.
Mas o levantamento vai além e aponta que há dúvidas entre os homens acerca do que é considerado um pênis de tamanho normal, questão que pode gerar uma série de sentimentos negativos.
Para esclarecer o tema, o relatório reúne estudos sobre as medidas. Segundo as pesquisas, um pênis de cerca de 13 centímetros ereto e 9 centímetros em repouso pode ser considerado na média. Tamanhos entre 10,5 e 17,5 centímetros em ereção também são avaliados como normais entre os brasileiros.
Nem todos, porém, estão satisfeitos com as medidas. Cerca de 13% dos participantes declararam que, apesar de satisfeitos, gostariam de alongar o órgão; 4% desejariam engrossá-lo e 9% gostariam de ambas as mudanças. Outros 3% dos respondentes disseram estar insatisfeitos, mas afirmaram que não fariam nada para alterar o órgão, enquanto 5,1% indicaram insatisfação e desejo de mudanças.
Para a médica Karin Anzolch, da SBU, chama atenção o fato de uma parcela dos participantes, embora satisfeita, querer engrossar ou alongar o pênis, com a maioria desejando ter um órgão mais longo do que calibroso.
Segundo a urologista, essas informações indicam a influência de padrões estéticos nas percepções dos participantes e como o pênis é um órgão de identificação muito forte para os homens.
Frequência de relações sexuais
O estudo traz ainda dados sobre a regularidade das relações sexuais. Três em cada dez respondentes afirmaram ter relações sexuais com uma frequência de três ou mais vezes por semana, e dois em cada dez assinalaram duas vezes por semana.
Sobre o grau de preocupação com a vida sexual, 62% dos participantes afirmaram que almejam manter uma boa vida sexual, e o percentual aumenta na faixa etária de 40 a 44 anos (67%). Já 27% explicaram que a preocupação é mediana, assinalando a opção “gosto da vida sexual, mas não acho a coisa mais importante para mim”.
Para o presidente da SBU, a coleta dessas informações é importante para mostrar aos homens, que frequentemente têm percepções negativas sobre si ou seus relacionamentos, que eles estão dentro dos padrões da maioria da população, aliviando possíveis sofrimentos.
“Muitas vezes a pessoa acha que possui um problema. Mas não tem. Quando demonstramos esses dados, ela pode ver que está dentro normalidade e não sabia”, explica Torres.
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