A atriz Jandira Martini, de 78 anos, faleceu nesta terça-feira (30). Ela estava se tratando contra um câncer de pulmão, o quarto mais comum entre as mulheres no Brasil, com 14.540 novos casos apenas em 2023. Nos homens, é o terceiro, com 18.020. Até 2025, estima-se que o País terá 704 mil casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Quais são os sintomas da doença responsável pela morte de mais de 28 mil pessoas somente em 2020? Confira.
Sinais e sintomas
Existem sinais e sintomas, mas geralmente não ocorrem até que o câncer já esteja avançado, segundo o INCA. Os mais comuns, que se manifestam no estágio inicial, são:
- tosse persistente;
- escarro com sangue;
- dor no peito;
- rouquidão;
- piora da falta de ar;
- perda de peso e de apetite;
- pneumonia recorrente ou bronquite;
- sentir-se cansado ou fraco;
- nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns.
A detecção precoce se dá por exames clínicos, laboratoriais, endoscópios ou radiológicos, em pessoas que estão no grupo de risco ou que apresentam os sintomas do diagnóstico precoce. Os mais comuns e que devem ser analisados são:
- tosse e rouquidão persistentes;
- sangramento pelas vias respiratórias;
- dor no peito;
- dificuldade de respirar;
- fraqueza e perda de peso sem causa aparente.
Caso qualquer desses sintomas apareçam, é importante procurar atendimento médico.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco são o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco. Além deles, a exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e histórico familiar de câncer de pulmão.
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A faixa etária mais afetada é entre 50 e 70 anos. Ainda assim, pessoas que nunca fumaram ou se expuseram também podem ter a doença.
Outros são:
- exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos: asbesto, sílica, urânio, cromo, agentes alquilantes, radônio, entre outros;
- água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes.
Trabalhadores que mais correm riscos são:
- rurais;
- da construção civil;
- curtume;
- fundição de metais;
- indústrias (alumínio, borracha, cimento e gesso, gráfica e papel, têxtil, metalúrgica, metal pesado, nuclear, eletroeletrônicos, aeronaves, aparelhos médicos, vidro; fertilizantes);
- mineração;
- fábrica de baterias;
- produção de pigmentos;
- bombeiros hidráulicos;
- encanadores;
- eletricistas;
- mecânicos de automóvel;
- mineiros;
- pintores;
- soldadores;
- sopradores de vidro;
- trabalho com isolamento;
- em navios e docas;
- conservação do couro;
- limpeza e manutenção.
O tabagismo
Além de intensificar as chances de desenvolvimento da doença, o tabagismo aumenta o risco de morte por câncer de pulmão em 15 vezes comparado a pessoas que nunca fumaram. Em ex-fumantes, diminui para quatro.
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