Doenças diagnosticadas no início, de modo geral, não acarretam em grandes implicações para a saúde do paciente. O glaucoma é uma dessas doenças, que, embora não tenha cura, pode ser tratada. No entanto, se descoberta tardiamente há risco de evoluir para cegueira.
O alerta é o médico oftalmologista Lucas Borges Fortes, que indica a pacientes com histórico de glaucoma na família um acompanhamento mais cuidadoso com especialista. “É importante ter, pelo menos de maneira anual, acompanhamento com o oftalmologista em caso de glaucoma familiar. Se houver alguma suspeita maior, esse acompanhamento pode ser semestral.”
O glaucoma atinge o nervo óptico e é causada, principalmente, pela elevação da pressão intraocular, comprometendo a visão do paciente. “Glaucoma não tem cura, e sim, tratamento”, afirma Fortes, que atua no Grupo São Pietro Hospitais e Clínicas.
Alguns sinais podem indicar a doença, como a pressão intraocular acima da média e alterações do nervo óptico. No entanto, o alerta para cuidados é para pessoas acima de 40 anos, negras, diabéticos, pessoas com propensão à pressão alta, alto grau de miopia ou aquelas que já sofreram algum tipo de trauma ocular ou doenças intraoculares.
Glaucoma não tem cura, mas tem tratamentos
Caso a doença seja detectada, o tratamento consiste em uso de colírios que diminuem a pressão intraocular e, geralmente, evitam a progressão da doença. Porém, o dano estabelecido não pode ser revertido.
Em casos específicos, o tratamento a laser e a cirurgia também são recomendados. Somente um exame oftalmológico cuidadoso será capaz de fazer o diagnóstico do glaucoma, especialmente quando o médico realiza o exame do fundo de olho, a medida da pressão intraocular e o exame do campo visual.
Segundo Fortes, o paciente com glaucoma pode usar lentes de contato, a não ser que haja contra-indicação por outros motivos oculares que não o glaucoma.
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