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Pesquisa questiona a eficácia de dietas intermitentes
Estudos específicos não apontaram que diminuir a janela alimentar ao longo do dia ajude a controlar o peso
Última atualização: 25/01/2024 17:17
A frequência e o tamanho das refeições foram determinantes mais fortes para a perda ou ganho de peso do que o intervalo entre a primeira e a última refeição. Este é o resultado de uma pesquisa publicada no jornal da American Heart Association.
De acordo com a principal autora do estudo, Wendy Bennett, professora da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins em Baltimore, Estados Unidos, embora as dietas de restrição de intervalo de refeição (conhecidas como "dietas intermitentes") sejam populares, sua eficiência não foi provada. Estudos específicos não apontaram que diminuir a janela alimentar ao longo do dia ajude a controlar o peso.
O estudo avaliou a associação entre o tempo da primeira à última refeição com a mudança de peso. Participaram do levantamento cerca de 550 adultos (de 18 anos ou mais) de três sistemas de saúde na Pensilvânia, nos EUA, com prontuário eletrônico disponível. Os participantes tiveram pelo menos uma pesagem e verificação de estatura registrada nos dois anos anteriores à realização da pesquisa.
Entre as características mais comuns associadas aos participantes com maior índice de massa corporal estavam a diabete tipo 2, pressão alta, menor nível escolar, menor exercício, dieta com menos frutas e vegetais, duração maior da última refeição até a hora de dormir e duração menor da primeira à última refeição. Isso em comparação com os adultos que apresentaram um menor índice de massa corporal dentro do levantamento.
(Science Daily)
Como foi feito o levantamento alimentar
A equipe de pesquisa criou um aplicativo para smartphone para que os participantes registrassem diariamente seus horários de sono, refeição e despertar para cada período de 24 horas, em tempo real.
E-mails, mensagens de texto e notificações do app encorajavam os participantes a usar o aplicativo tanto quanto possível durante o primeiro mês e depois durante as "semanas fortes" - uma semana por mês durante o resto da intervenção de seis meses realizada pela pesquisa.
A partir dos dados, os pesquisadores puderam calcular o tempo entre a primeira e a última refeição diária; o intervalo entre o despertar e a primeira refeição; e o intervalo da última refeição até a hora de dormir.
Conclusões
A análise dos dados apontou que os horários de refeição não foram associados com mudança no peso durante o período de seis meses usado na comparação da pesquisa. Isso inclui o intervalo entre a primeira e a última refeição, do despertar até a primeira refeição e da última refeição até a hora de dormir, incluindo o tempo total de sono.
Os totais diários de refeições fartas (estimadas em mais de mil calorias) e médias (estimadas entre 500 e mil calorias) foram mais associados, cada um, com ganho de peso durante o período de seis anos do estudo. Menos refeições e refeições menores (com menos de 500 calorias) estiveram associadas com perda de peso.
Análise ainda continua
Pesquisas anteriores haviam indicado que a dieta intermitente supostamente poderia regular o metabolismo, mas o estudo não confirmou. A pesquisa sugere que a frequência das refeições e a quantidade de calorias é risco maior para o peso do que o intervalo alimentar, mas a relação ainda está sendo analisada.
A frequência e o tamanho das refeições foram determinantes mais fortes para a perda ou ganho de peso do que o intervalo entre a primeira e a última refeição. Este é o resultado de uma pesquisa publicada no jornal da American Heart Association.
De acordo com a principal autora do estudo, Wendy Bennett, professora da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins em Baltimore, Estados Unidos, embora as dietas de restrição de intervalo de refeição (conhecidas como "dietas intermitentes") sejam populares, sua eficiência não foi provada. Estudos específicos não apontaram que diminuir a janela alimentar ao longo do dia ajude a controlar o peso.
O estudo avaliou a associação entre o tempo da primeira à última refeição com a mudança de peso. Participaram do levantamento cerca de 550 adultos (de 18 anos ou mais) de três sistemas de saúde na Pensilvânia, nos EUA, com prontuário eletrônico disponível. Os participantes tiveram pelo menos uma pesagem e verificação de estatura registrada nos dois anos anteriores à realização da pesquisa.
Entre as características mais comuns associadas aos participantes com maior índice de massa corporal estavam a diabete tipo 2, pressão alta, menor nível escolar, menor exercício, dieta com menos frutas e vegetais, duração maior da última refeição até a hora de dormir e duração menor da primeira à última refeição. Isso em comparação com os adultos que apresentaram um menor índice de massa corporal dentro do levantamento.
(Science Daily)
Como foi feito o levantamento alimentar
A equipe de pesquisa criou um aplicativo para smartphone para que os participantes registrassem diariamente seus horários de sono, refeição e despertar para cada período de 24 horas, em tempo real.
E-mails, mensagens de texto e notificações do app encorajavam os participantes a usar o aplicativo tanto quanto possível durante o primeiro mês e depois durante as "semanas fortes" - uma semana por mês durante o resto da intervenção de seis meses realizada pela pesquisa.
A partir dos dados, os pesquisadores puderam calcular o tempo entre a primeira e a última refeição diária; o intervalo entre o despertar e a primeira refeição; e o intervalo da última refeição até a hora de dormir.
Conclusões
A análise dos dados apontou que os horários de refeição não foram associados com mudança no peso durante o período de seis meses usado na comparação da pesquisa. Isso inclui o intervalo entre a primeira e a última refeição, do despertar até a primeira refeição e da última refeição até a hora de dormir, incluindo o tempo total de sono.
Os totais diários de refeições fartas (estimadas em mais de mil calorias) e médias (estimadas entre 500 e mil calorias) foram mais associados, cada um, com ganho de peso durante o período de seis anos do estudo. Menos refeições e refeições menores (com menos de 500 calorias) estiveram associadas com perda de peso.
Análise ainda continua
Pesquisas anteriores haviam indicado que a dieta intermitente supostamente poderia regular o metabolismo, mas o estudo não confirmou. A pesquisa sugere que a frequência das refeições e a quantidade de calorias é risco maior para o peso do que o intervalo alimentar, mas a relação ainda está sendo analisada.