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PARALISIA DE BELL: Entenda a doença que paralisou o rosto de Fernanda Gentil

Jornalista falou sobre a paralisia de Bell em seu canal no YouTube; entre os sintomas estão boca torta e dificuldade para movimentar o rosto

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Publicado em: 27/02/2024 às 14h:40
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A paralisia de Bell, doença que a jornalista Fernanda Gentil foi diagnosticada após ficar com parte do rosto adormecido, é normalmente causada por uma inflamação do nervo facial. Na maioria das vezes, o inchaço é provocado pelo vírus da herpes.

Fernanda Gentil  | abc+



Fernanda Gentil

Foto: Globo/João Miguel Júnior

Também chamada de paralisia facial periférica, a doença é uma alteração neurológica ligada ainda ao estresse, cansaço extremo, baixa imunidade e até mudanças bruscas da temperatura.

Entre os principais sintomas da enfermidade estão boca torta, dificuldade para movimentar o rosto e/ou falta de expressão em uma parte da face.

O otorrinolaringologista do Hospital Paulista José Ricardo Gurgel Testa diz que esse tipo de paralisia “é um trauma que pode ser causado por diversas causas, dentre elas a idiopática – sem causa definida –, geralmente ocasionada de forma viral; traumática; infecciosa e neoplásica”.

Em seu canal no YouTube no final de semana, Fernanda falou sobre a doença. “Eu senti desde quando comecei a perceber que algo estava estranho no meu rosto, até o diagnóstico de paralisia de Bell.” No alerta, a jornalista explica que o problema é “muito mais comum do que a gente imagina” e que é importante ouvir “os sinais do nosso corpo”.

Quais são os sintomas da paralisia de Bell?

– Perda súbita, parcial ou total, dos movimentos de um lado da face;
– Dificuldade, em maior ou menor grau, para realizar movimentos simples, como franzir a testa, erguer a sobrancelha, piscar ou fechar os olhos, sorrir e mostrar os dentes, pois a boca se move apenas no lado não paralisado do rosto.
Dependendo da gravidade da lesão, pode haver: dor nas proximidades da orelha e na mandíbula, comprometimento do paladar em parte da língua, hipersensibilidade auditiva, dor de cabeça e de ouvido, menor produção de lágrimas (olho seco) e de saliva (boca seca), ou lacrimejamento e salivação abundantes, flacidez facial responsável pela dificuldade para soprar, assobiar e conter líquidos dentro da boca.

Como é feito o diagnósico da paralisia de Bell?

O diagnóstico da paralisia é feito por meio da observação médica, sem que haja a necessidade da realização de exames complementares. Contudo, quando necessário, o médico pode solicitar exames para estimar a gravidade das lesões do sistema nervoso periférico e registrar a atividade elétrica dos nervos e músculos envolvidos.
“O sintoma que mais chama atenção é a perda súbita, parcial ou total dos movimentos de um lado da face, mal que pode agravar-se durante alguns dias seguidos.”

Como é o tratamento

O tratamento da paralisia facial periférica é sintomático e inclui o uso de medicamentos, fisioterapia e fonoaudiologia. Não existe, entretanto, uma conduta terapêutica padrão para a doença. Depende do tipo e da extensão do dano sofrido pelo nervo facial, das condições clínicas e da idade do paciente.
Em grande parte dos casos, a paralisia facial periférica costuma regredir sem tratamento, à medida que o inchaço do nervo diminui.
Durante o tratamento, os olhos exigem atenção especial. Como os pacientes apresentam dificuldade para fechar os olhos e menor produção de lágrimas, a aplicação de colírios lubrificantes (lágrimas artificiais), várias vezes por dia, assim como o uso de tampões para manter o olho fechado, são medidas indispensáveis para manter o olho hidratado e evitar lesões graves na córnea.
Fisioterapia e fonoterapia são importantes para estimular a musculatura da mímica facial, da mastigação e da fala, assim como para evitar contraturas e atrofia das fibras musculares.

Quais podem ser as complicações

A principal complicação da paralisia facial é o ressecamento do olho que permanece aberto no lado paralisado. Essa incapacidade para piscar ou fechar o olho pode causar lesões permanentes na córnea que levam a graves problemas de visão, inclusive cegueira.
Embora cerca de 80% dos pacientes recuperem completamente (ou quase completamente) os movimentos faciais, durante algum tempo eles apresentam transtornos funcionais e estéticos que, sem dúvida, interferem na qualidade de vida e podem ter reflexos no seu desempenho social, psicológico e profissional. Desta forma, ao primeiro sinal de alteração nos músculos da face, a pessoa deve procurar um médico e seguir suas recomendações. Nas fases iniciais da doença, os músculos ainda não passaram por um processo de atrofia que, certamente, prejudicará a recuperação.

Alerta: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.

Fontes: 

Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde

Dr. Dráuzio Varella

Faculdade de Medicina da USP/Disciplina de Otorrinolaringologia

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