DIAGNÓSTICO
O quebra-cabeça do Alzheimer ganha ajuda da inteligência artificial
Algoritmo em programa pode identificar sinais precoces da doença
Última atualização: 22/01/2024 15:57
O algoritmo de inteligência artificial por trás do programa de chatbot (robô de bate-papo) ChatGPT ficou famoso pela sua capacidade de gerar respostas por escrito em linguagem humana para as mais criativas perguntas. E esse mesmo programa digital pode um dia ajudar os médicos a detectar sinais da doença de Alzheimer em seus estágios iniciais.Pesquisa da Escola de Engenharia Biomédica, Ciência e Sistemas de Saúde da Universidade Drexel, no Canadá, recentemente demonstrou que o programa de código aberto de inteligência artificial GP-3 pode identificar indicadores na fala que são 80% precisos para prever sintomas precoces de demência.
Estudo
Noticiado no jornal PLOS Digital Heªlth, o estudo de Drexel é o último em uma série de esforços para mostrar a efetividade dos programas de processamento de linguagem natural na predição de Alzheimer. Leva em conta o conhecimento atual de que a dificuldade na linguagem pode ser um indicador precoce de transtornos neurodegenerativos.
Atualmente, o procedimento para diagnosticar doença de Alzheimer tipicamente envolve análise do histórico médico e uma longa lista de exames físicos e neurológicos. Enquanto ainda não há cura para a doença, detectá-la em estágio inicial pode dar aos pacientes mais opções para terapias e suporte.
A dificuldade com a linguagem é um sintoma em 60% a 80% dos pacientes com demência. Pesquisadores buscam programas que detectem sinais como hesitação, erros de pronúncia ou esquecimento de palavras. Seria um teste rápido para indicar se o paciente deve ou não passar por exame.
Como funciona o software utilizado
"Sabemos através das pesquisas em desenvolvimento que os efeitos cognitivos da doença de Alzheimer podem se manifestar na produção de linguagem", disse Hualou Liang, PhD, do centro de pesquisa em Drexel, um dos autores do estudo publicado.
"Os testes mais comumente usados para detecção precoce de Alzheimer procuram indicadores acústicos, como pausas, articulação e qualidade vocal, em adição a testes cognitivos. Mas acreditamos que o aprimoramento dos programas de processamento de linguagem natural oferece outro caminho para a identificação precoce do Alzheimer", acrescenta.
O programa
O GPT-3 é oficialmente a terceira geração do programa aberto de inteligência artificial General Pretrained Transformer (GPT). Ele usa um algoritmo de aprendizado profundo, treinado através do processamento de vastos conjuntos de informação da Internet, com um foco específico em como as palavras são usadas e como a linguagem é construída.
Este treinamento permite que o programa produza uma resposta semelhante à humana para qualquer tarefa que envolva linguagem, desde respostas a questões simples até a redação de poemas ou ensaios.
O GPT-3 é particularmente bom em "aprendizado com zero dados" - significando que pode responder a questões que normalmente requerem conhecimento que não foi fornecido. Ele passou por treinamento suficiente para entender referências e se adaptar para oferecer a resposta desejada.
Projeto
"Treinar o GPT-3 com um conjunto maciço de dados de entrevistas - algumas das quais de pacientes de Alzheimer - deve capacitar o programa com a informação que precisa para extrair padrões de discurso que poderiam ser marcadores para futuros pacientes", diz o doutorando Felix Agbavor, um dos autores.
O algoritmo de inteligência artificial por trás do programa de chatbot (robô de bate-papo) ChatGPT ficou famoso pela sua capacidade de gerar respostas por escrito em linguagem humana para as mais criativas perguntas. E esse mesmo programa digital pode um dia ajudar os médicos a detectar sinais da doença de Alzheimer em seus estágios iniciais.Pesquisa da Escola de Engenharia Biomédica, Ciência e Sistemas de Saúde da Universidade Drexel, no Canadá, recentemente demonstrou que o programa de código aberto de inteligência artificial GP-3 pode identificar indicadores na fala que são 80% precisos para prever sintomas precoces de demência.
Estudo
Noticiado no jornal PLOS Digital Heªlth, o estudo de Drexel é o último em uma série de esforços para mostrar a efetividade dos programas de processamento de linguagem natural na predição de Alzheimer. Leva em conta o conhecimento atual de que a dificuldade na linguagem pode ser um indicador precoce de transtornos neurodegenerativos.
Atualmente, o procedimento para diagnosticar doença de Alzheimer tipicamente envolve análise do histórico médico e uma longa lista de exames físicos e neurológicos. Enquanto ainda não há cura para a doença, detectá-la em estágio inicial pode dar aos pacientes mais opções para terapias e suporte.
A dificuldade com a linguagem é um sintoma em 60% a 80% dos pacientes com demência. Pesquisadores buscam programas que detectem sinais como hesitação, erros de pronúncia ou esquecimento de palavras. Seria um teste rápido para indicar se o paciente deve ou não passar por exame.
Como funciona o software utilizado
"Sabemos através das pesquisas em desenvolvimento que os efeitos cognitivos da doença de Alzheimer podem se manifestar na produção de linguagem", disse Hualou Liang, PhD, do centro de pesquisa em Drexel, um dos autores do estudo publicado.
"Os testes mais comumente usados para detecção precoce de Alzheimer procuram indicadores acústicos, como pausas, articulação e qualidade vocal, em adição a testes cognitivos. Mas acreditamos que o aprimoramento dos programas de processamento de linguagem natural oferece outro caminho para a identificação precoce do Alzheimer", acrescenta.
O programa
O GPT-3 é oficialmente a terceira geração do programa aberto de inteligência artificial General Pretrained Transformer (GPT). Ele usa um algoritmo de aprendizado profundo, treinado através do processamento de vastos conjuntos de informação da Internet, com um foco específico em como as palavras são usadas e como a linguagem é construída.
Este treinamento permite que o programa produza uma resposta semelhante à humana para qualquer tarefa que envolva linguagem, desde respostas a questões simples até a redação de poemas ou ensaios.
O GPT-3 é particularmente bom em "aprendizado com zero dados" - significando que pode responder a questões que normalmente requerem conhecimento que não foi fornecido. Ele passou por treinamento suficiente para entender referências e se adaptar para oferecer a resposta desejada.
Projeto
"Treinar o GPT-3 com um conjunto maciço de dados de entrevistas - algumas das quais de pacientes de Alzheimer - deve capacitar o programa com a informação que precisa para extrair padrões de discurso que poderiam ser marcadores para futuros pacientes", diz o doutorando Felix Agbavor, um dos autores.