Mais de 30% da população mundial sente prazer em beber aquela cervejinha, seja em eventos sociais ou em momentos privados. Afinal, churrasco com cerveja é a marca registrada do gaúcho.
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Foto: Freepik
Um estudo publicado pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, o Cisa, revelou que os sentimentos positivos são a maior razão para as pessoas beberem, superando momentos de estresse e tristeza.
E você sabe qual é a média do consumo no Brasil? Em pesquisa recente, foi divulgado que o brasileiro bebe 70 litros por ano, estando na 21° posição em consumo mundial. Além de ser o terceiro maior produtor, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
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Por dentro de uma latinha
Mesmo sendo considerada uma bebida leve, quando comparada ao vinho ou destilados, a cerveja possui álcool etílico, uma substância psicoativa com potencial de causar dependência e impactar negativamente o organismo.
O que deve ser levado em consideração, é a quantidade de álcool consumida e não o tipo de bebida. E o teor alcoólico das cervejas mais populares varia de 3,5% a 6%, sendo que a maioria se concentra em 5%.
Sendo assim, é definida uma dose padrão pela quantidade de etanol puro que contém nas bebidas: 1 lata de cerveja de 350 ml ou 1 dose contém 14g de álcool puro. As mulheres devem tomar, moderadamente, uma dose por dia e, os homens, até duas doses.
Benefícios e malefícios
Alguns estudos concluíram que pequenas doses de álcool podem ser benéficas em algumas situações clínicas. No entanto, não se sabe a quantidade exata capaz de promover a saúde.
O que se tem certeza, é que o álcool é uma substância tóxica, que está na lista dos alimentos com potencial cancerígeno e coloca em risco mais de 200 condições de saúde.
Não é possível afirmar que existe uma dose segura para ingerir, afinal cada organismo se comporta de um modo diferente. Podendo depender de diversas situações, como doenças já existentes, gênero, etnia, maior ou menor resistência ao álcool e gestação.
Veja o que você pode provocar ao beber uma latinha de cerveja todo dia:
- Morte precoce por todas as causas;
- Doenças no coração;
- Maior risco para tumores;
- Alterações metabólicas;
- Mudanças neurológicas.
Tempo de vida
- 107 estudos envolvendo mais de 4 milhões de pessoas contaram a relação entre o baixo ou moderado consumo de bebidas alcoólicas e a redução do risco de morte por todas estas causas.
- Beber em pouca quantidade ou moderadamente não se mostrou significativo na redução de óbitos. No entanto, a dose-dependência ficou evidente. Quanto mais se bebe, maior o risco de morte.
- No Brasil, os principais fatores relacionados ao óbitos foram: cirrose hepática, acidentes de trânsito, violência interpessoal, doenças arteriais coronariana e respiratórias.
- Também é importante salientar que o consumo exacerbado de cerveja pode elevar o risco para doenças cardiovasculares, como AVC, hipertensão, cardiomiopatias, fibrilação atrial e aneurisma. Além de “abrir a porta” para possíveis tumores.
Álcool e o metabolismo
Cada cerveja contém cerca de 150 kcal, se consumida em uma dieta diária, ela pode facilitar o ganho de peso e até mesmo no agravamento da diabetes. Já a cerveja de 1 litro, corresponde a mais de 400 kcal.
A famosa “barriguinha de chopp” se forma pois o álcool altera as ações metabólicas como a queima de gordura. Além de aumentar a gordura no fígado, podendo resultar na resistência à insulina.
Sintomas mais comuns
Para muitas pessoas, beber é sinônimo de dor de cabeça, perda de memória e alterações no sono. Mas outras consequências também podem acontecer após beber um nível grande de cerveja, como: redução da atenção, controle, julgamento e concentração, e intoxicação.
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No entanto, a longo prazo outros danos são visíveis, como: dependência, ansiedade, depressão, pensamentos suicidas e perda de funções como raciocínio, planejamento e controle inibitório.
Como saber se estou dependente?
Veja alguns pontos que podem indicar dependência alcoólica:
- Dificuldade de limitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Mesmo sabendo dos prejuízos, e já ter os presenciados, continuar no vício;
- Necessidade de beber cada vez mais;
- Desejo intenso de beber que te impede de fazer outras atividades.
(*) Conteúdo revisado por Juliana Flor