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Não consegue se desligar do trabalho mesmo em casa? Pode ser burnon

Diferentes e, ao mesmo tempo, com muito em comum, entenda o burnon e as principais diferenças do burnout

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Publicado em: 12/07/2024 às 16h:12 Última atualização: 12/07/2024 às 16h:13
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Não consegue se desligar do trabalho mesmo estando em casa? Está de férias, mas é incapaz de relaxar por conta da profissão? Se cobra muito e acaba trabalhando muito além do que deveria? Pode ser burnon.

Pessoas que sofrem com burnon podem ficar obcecadas com a própria performance no trabalho levando ao esgotamento | abc+



Pessoas que sofrem com burnon podem ficar obcecadas com a própria performance no trabalho levando ao esgotamento

Foto: Freepik

A síndrome de burnout, já conhecida e amplamente discutida há alguns anos, atinge 31% da população brasileira, ao menos, de acordo com a International Stress Management Association (Isma).

Agora, um novo termo chega à luz para falar sobre as péssimas consequências que o excesso de trabalho: o burnon. Mas o que é isso? E o que ele tem a ver com burnout?

Para começar, ambos os termos são parecidos, tanto na nomenclatura, quanto em relação às causas. Entretanto, não querem dizer a mesma coisa, de acordo com o site do doutor Drauzio Varella.

O que é burnon?

O burnon é um termo novo, usado para se referir às situações em que há uma dedicação excessiva ou uma obsessão pelo trabalho, fazendo com que a pessoa não consiga se desconectar das responsabilidades profissionais e, por isso, fique esgotada física e emocionalmente.

As consequências do fenômeno podem ser terríveis ao bem-estar da pessoa, que deixa de lado e até rompe as relações pessoais e atividades de lazer para se dedicar totalmente à profissão.

Principais diferenças entre burnon e burnout

A síndrome de burnout é caracterizada por um esgotamento físico e emocional, resultado de atividades, ou mesmo o trabalho em si, muito estressantes e prolongadas. Já o burnon é um estado de “hiper-engajamento no trabalho” que leva às mesmas consequências, explica o portal.

Por fim, “a principal diferença entre burnout e burnon reside na causa e na manifestação do estresse”. Ou seja, enquanto o burnon é o excesso de preocupação com o trabalho, levando a uma obsessão, que pode acarretar em esgotamento, o burnout é a exaustão, levando à baixa produtividade.

Os sinais também marcam uma diferença entre ambas. Confira os sintomas abaixo:

Principais sintomas do burnon:

  • Incapacidade de relaxar;
  • constante sensação de que deveria estar trabalhando;
  • exigências extremamente altas para si, que resultam em frustração e autocrítica;
  • dificuldade de se concentrar;
  • perda de criatividade;
  • dificuldade para dizer “não”.

No caso do burnon, a pessoa que sofre com o distúrbio pode permanecer eficiente, mas se sentindo desmotivada e descontente. Um problema que pode ser facilmente confundido com dedicação e comprometimento.

Principais sintomas de burnout

  • Cansaço excessivo, físico e mental;
  • dor de cabeça frequente;
  • alterações no apetite;
  • insônia;
  • dificuldades de concentração;
  • sentimentos de fracasso e insegurança;
  • negatividade constante;
  • sentimentos de derrota e desesperança;
  • sentimentos de incompetência;
  • alterações repentinas de humor;
  • isolamento;
  • fadiga;
  • pressão alta;
  • dores musculares;
  • problemas gastrointestinais;
  • alteração nos batimentos cardíacos.

Conforme o Ministério da Saúde, os sintomas descritos podem começar de forma leve e se intensificarem conforme o tempo, caso não seja percebido e tratado antes.

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Os perigos do burnon

“O burnon pode levar a um estado de alerta constante, resultando em níveis elevados de cortisol, o hormônio do estresse”, diz o portal. Consequentemente, isso pode resultar em problemas cardiovasculares e impactar o sistema imunológico de maneira negativa.

Já psicologicamente, o portal explica que ele pode se manifestar como “ansiedade crônica e insônia”. Eventualmente, essa carga elevada de trabalho auto-imposta junto à incapacidade de relaxar pode levar a um burnout.

Enquanto a síndrome de burnout já foi incluída na lista de doenças do trabalho como CID-11 e é amplamente discutida, ainda não há muitos estudos sobre o burnon.

a dedicação excessiva e a incapacidade de se desconectar das responsabilidades profissionais levam ao desgaste físico e mental”.

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