O crescimento de casos de diabetes chama atenção para o risco que a falta de cuidados para com a doença pode representar para saúde. Amputações estão entre essas consequências. Um indicativo da escalada da doença é a alta de atendimento de pacientes com diabetes no Estado de São Paulo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo. De janeiro a agosto, o crescimento foi de 41.7% ante o mesmo período do ano passado.
“Com o aumento dos atendimentos a pacientes com diabetes, é importante que as pessoas tenham mais informações e saibam as complicações que podem surgir por conta dessa doença, em especial às relacionadas a feridas e às alterações do pé diabético”, alerta o médico cirurgião vascular e especializado em feridas complexas e diretor do Instituto Allezi, Bruno Hesz.
O descontrole da glicemia é um fator que pode criar um ambiente no organismo, favorável a essas complicações, tornando essencial cuidados básicos. “O diabetes descontrolado pode impactar na saúde da pele, no processo de cicatrização e fluxo sanguíneo, levando ao surgimento de feridas que cicatrizam mais lentamente”, explica.
Médico recomenda examinar manchas, feridas e calosidades
O médico diz que é crucial que os pacientes fiquem atentos a simples sinais de alerta, como alterações na pele, dor persistente ou qualquer anormalidade nos dedos, pés e tornozelos. A autoinspeção regular dos pés à procura de calosidades, lesões, deformidades e outras áreas propensas as feridas é uma prática preventiva fundamental. “É importante a utilização de calçados específicos que evitem atritos e pressões excessivas nos pés”, recomenda. “Calçados confortáveis e adequados são essenciais para reduzir o risco de feridas”.
Hesz alerta que qualquer sinal deve ser levado a sério. “Feridas que não cicatrizam, infecções ou qualquer complicação, devem ser prontamente comunicadas aos profissionais de saúde para intervenção adequada na hora certa, evitando complicações que podem levar à amputação de membros ou até à morte”, acrescenta.
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