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DIA MUNDIAL DA DIABETES

Insulina e estilo de vida saudável são os principais aliados no controle da diabetes; saiba mais

Médica explica que se informar sobre a doença é um fator fundamental para garantir a qualidade de vida

SUSANA DA SILVA LEITE
Publicado em: 12/11/2023 às 13h:55 Última atualização: 12/12/2023 às 09h:25
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No filme Assassinos da Lua das Flores, do diretor Martin Scorsese, existe uma menção ao um dos marcos da medicina. A personagem Mollie (Lily Gladstone) sofre de diabetes, mas tem a vida salva por um tratamento adequado. Embora doença não seja o tema do filme, o enredo mostra que um medicamento revolucionário, na década de 1920, prometia salvar a vida de pessoas com diabetes. Era a insulina.

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Diabete | Jornal NH



Diabete

Foto: Adobestock

A descoberta centenária continua sendo a principal forma de tratamento até hoje. Endocrinologista do Hospital São Lucas e professora na PUC-RS, Luciana Roesch Schreiner lembra que a insulina foi um marco tão significativo cuja patente foi vendida a 1 dólar. “A partir dali mudou a vida de muitas pessoas”, afirma.

Nesta terça-feira (14) é celebrado o Dia Mundial da Diabetes, uma doença que não tem cura, e que, se não for tratada adequadamente, pode trazer consequências irreversíveis para os pacientes. A doença é crônica e se manifesta de duas formas. A diabetes tipo 1, quando o paciente não produz insulina; geralmente se manifesta na infância e na adolescência. E a diabetes tipo 2, nesse caso pâncreas produz insulina, mas o organismo apresenta uma resistência ao aproveitamento do hormônio.

Em ambos os casos o paciente precisa de medicação, de atividades físicas regulares e cuidados com alimentação. No que se refere aos hábitos saudáveis, Luciana aponta que manter atividades físicas de 150 minutos por semana é uma média ideal. A musculação é a mais indicada, uma vez que o desenvolvimento dos músculos ajuda a controlar a glicose.

Pacientes diabéticos que não controlam a doença estão sujeitos, entre outras consequências, a perda da visão e amputações. Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) mostram que até 40% dos pacientes desenvolvem problemas nos rins, em consequência da doença. Isto em casos extremos pode exigir tratamentos complexos, como diálise e transplante, alerta a SDB. 

O conhecimento sobre a doença, segundo Luciana, é uma ferramenta importante para o sucesso do tratamento. “Toda a pessoa que tem doença crônica precisa conhecer, é preciso se informar em fontes confiáveis e evitar informações falsas. Também é importante ter em mente que não existe remédio milagroso. Milagrosa é a dieta e fazer testes de glicose”, sugere a endocrinologista do São Lucas.

Tratamentos

Para pacientes com diabetes tipo 1, são geralmente administrados dois tipos de insulina: uma de ação longa e outra de ação rápida. Essa segunda no momento da alimentação. “É a insulina que coloca a glicose para dentro da célula”, explica Luciana.

A diabetes tipo 2 afeta a maioria dos pacientes. São aqueles que têm resistência à insulina. A endocrinologista explica que os medicamentos têm evoluído. “Há remédios que estimulam o pâncreas a produzir mais insulina e os que sensibilizam o corpo a aproveitar melhor a insulina”, cita.

Desde a descoberta no século 20 por pesquisadores canadenses, até hoje houve evolução no tratamento, sobretudo nas formas de aplicar o hormônio no organismo. No entanto, Luciana pondera que a conduta a ser adotada para cada paciente é única. “Cada medicamento pode ter efeitos diferentes em cada organismo.”

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