SAÚDE
Hormônio da felicidade pode prevenir Alzheimer; entenda
Queda na serotonina associada com o comprometimento cognitivo
Última atualização: 22/12/2023 10:10
Quadros depressivos costumam ser associados com o agravamento de sintomas como a perda de memória ou declínio cognitivo. Agora, uma pesquisa identificou o processo biológico pelo qual isso acontece. A descoberta, inclusive, pode ser importante na prevenção ao Alzheimer.
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Comparando exames de mais de 90 adultos com e sem comprometimento cognitivo leve, pesquisadores da Johns Hopkins Medicine, dos EUA, afirmam que níveis relativamente mais baixos do chamado "hormônio da felicidade", a serotonina, em partes do cérebro podem desempenhar um papel em problemas de memória.
Os resultados foram publicados no Journal of Alzheimer's Disease e se somam às evidências de que mudanças mensuráveis no cérebro ocorrem em pessoas com problemas leves de memória muito antes de um diagnóstico de Alzheimer. Podem oferecer novos alvos para tratamentos que retardem ou interrompam a progressão da doença.
"O estudo mostra que pessoas com comprometimento cognitivo leve já apresentam perda do transportador de serotonina", diz Gwenn Smith, uma das autoras do estudo. Essa condição inclui esquecimentos frequentes de eventos recentes, dificuldade para encontrar palavras e perda do olfato.
Acometidos podem permanecer neste estágio ou progredir para déficits mais graves, o que torna urgente a busca de marcadores preditivos e possíveis intervenções de prevenção precoce.
Os investigadores alertaram que seu estudo mostrou uma correlação entre níveis mais baixos do transportador de serotonina e problemas de memória, mas não indica causalidade.
Há correlação, talvez não causalidade
Para o estudo, os cientistas recrutaram 49 voluntários com comprometimento cognitivo leve e 45 adultos saudáveis ??com 55 anos ou mais que foram submetidos a uma ressonância magnética para medir as mudanças na estrutura do cérebro e a duas tomografias por emissão de pósitrons (PET), entre 2009 e 2022.
A equipe de pesquisa usou PET scans para examinar o transportador de serotonina - um neurotransmissor, ou substância química cerebral há muito associado ao humor positivo, apetite e sono - e para observar a distribuição da proteína beta-amiloide no cérebro.
Acredita-se que a proteína desempenhe um papel central na patologia. Estudos em camundongos mostraram que a degeneração da serotonina ocorre antes do desenvolvimento de depósitos generalizados de beta-amiloide no cérebro.
Mensurável
A perda de serotonina é frequentemente associada à depressão, ansiedade e transtornos psicológicos.Os pesquisadores descobriram que pacientes com comprometimento tinham níveis mais baixos do transportador de serotonina e níveis mais altos de beta-amiloide do que controles saudáveis.
Os pacientes com comprometimento leve tinham níveis de transportador de serotonina até 25% mais baixos nas regiões corticais, límbica e subcorticais, áreas cerebrais especificamente responsáveis pela função executiva, emoção e memória. A pesquisa agora acompanha se é a queda da serotonina que provoca aumento de beta-amiloide.
Por que é importante
No artigo científico que descreve a descoberta, a equipe explica que documentar a relação da queda de serotonina com o marcador associado ao agravamento do comprometimento cognitivo é importante por mais de um motivo. Ajuda a diagnosticar a doença, mas também pode auxiliar em terapias preventivas e até para mitigar o avanço.
*Com informações de Science Daily
Quadros depressivos costumam ser associados com o agravamento de sintomas como a perda de memória ou declínio cognitivo. Agora, uma pesquisa identificou o processo biológico pelo qual isso acontece. A descoberta, inclusive, pode ser importante na prevenção ao Alzheimer.
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Comparando exames de mais de 90 adultos com e sem comprometimento cognitivo leve, pesquisadores da Johns Hopkins Medicine, dos EUA, afirmam que níveis relativamente mais baixos do chamado "hormônio da felicidade", a serotonina, em partes do cérebro podem desempenhar um papel em problemas de memória.
Os resultados foram publicados no Journal of Alzheimer's Disease e se somam às evidências de que mudanças mensuráveis no cérebro ocorrem em pessoas com problemas leves de memória muito antes de um diagnóstico de Alzheimer. Podem oferecer novos alvos para tratamentos que retardem ou interrompam a progressão da doença.
"O estudo mostra que pessoas com comprometimento cognitivo leve já apresentam perda do transportador de serotonina", diz Gwenn Smith, uma das autoras do estudo. Essa condição inclui esquecimentos frequentes de eventos recentes, dificuldade para encontrar palavras e perda do olfato.
Acometidos podem permanecer neste estágio ou progredir para déficits mais graves, o que torna urgente a busca de marcadores preditivos e possíveis intervenções de prevenção precoce.
Os investigadores alertaram que seu estudo mostrou uma correlação entre níveis mais baixos do transportador de serotonina e problemas de memória, mas não indica causalidade.
Há correlação, talvez não causalidade
Para o estudo, os cientistas recrutaram 49 voluntários com comprometimento cognitivo leve e 45 adultos saudáveis ??com 55 anos ou mais que foram submetidos a uma ressonância magnética para medir as mudanças na estrutura do cérebro e a duas tomografias por emissão de pósitrons (PET), entre 2009 e 2022.
A equipe de pesquisa usou PET scans para examinar o transportador de serotonina - um neurotransmissor, ou substância química cerebral há muito associado ao humor positivo, apetite e sono - e para observar a distribuição da proteína beta-amiloide no cérebro.
Acredita-se que a proteína desempenhe um papel central na patologia. Estudos em camundongos mostraram que a degeneração da serotonina ocorre antes do desenvolvimento de depósitos generalizados de beta-amiloide no cérebro.
Mensurável
A perda de serotonina é frequentemente associada à depressão, ansiedade e transtornos psicológicos.Os pesquisadores descobriram que pacientes com comprometimento tinham níveis mais baixos do transportador de serotonina e níveis mais altos de beta-amiloide do que controles saudáveis.
Os pacientes com comprometimento leve tinham níveis de transportador de serotonina até 25% mais baixos nas regiões corticais, límbica e subcorticais, áreas cerebrais especificamente responsáveis pela função executiva, emoção e memória. A pesquisa agora acompanha se é a queda da serotonina que provoca aumento de beta-amiloide.
Por que é importante
No artigo científico que descreve a descoberta, a equipe explica que documentar a relação da queda de serotonina com o marcador associado ao agravamento do comprometimento cognitivo é importante por mais de um motivo. Ajuda a diagnosticar a doença, mas também pode auxiliar em terapias preventivas e até para mitigar o avanço.
*Com informações de Science Daily
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