A apresentadora do “Mais Você”, Ana Maria Braga, já enfrentou o câncer em quatro situações distintas. A segunda delas foi em 2001, quando foi diagnosticada com câncer de ânus. Conforme a artista, o tumor foi decorrência do HPV e descoberto em estágio avançado. “Quando eu consegui descobrir o que eu tinha, ele já estava adiantado. E aí, eu tinha uma chance mínima de sobrevivência. Então, é muito assustador”, conta.
A declaração da foi divulgada pelo “Fantástico” da TV Globo, em programa vinculado na noite de domingo (31). Ana Maria enfrentou a doença outras três vezes, a primeira, em 1991, na pele. Após o câncer causado pelo HPV, sofreu com problemas no pulmão em 2015 e 2020. “Você não tem que se sentir culpado por ter ficado com câncer. Você não tem culpa”, declarou.
Sobre a HPV, a global reiterou a importância da prevenção, já que não tinha informações sobre o vírus na época da contaminação. “Se você tiver filhos menores, vai proteger para o resto da vida essa pessoa que você ama”, disse.
A apresentadora também falou sobre a sexualidade e a questão do preconceito com quem sofre de HPV. ”Você é mãe, não tem como ser mãe sem ser sexualmente ativa. Eu acho que a sexualidade tem que ser encarada da forma que ela é. É uma coisa natural, feita da natureza.”
O que é HPV?
A doença diz respeito ao papilomavírus humano, responsável pela Infecção Sexualmente Transmissível (IST) mais frequente do mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A transmissão ocorre pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada, ou seja, pelo toque e penetração vaginal, anal ou contato do vírus com a boca.
Prevenção
Embora grande parte das infecções seja resolvida pelo sistema imunológico, alguns sintomas podem persistir, desenvolvendo lesões e até câncer. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina contra o HPV é a principal estratégia para prevenir a doença.
O imunizante é disponibilizado gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) há dez anos. Podem tomar as doses os seguintes grupos: meninos e meninas de 9 a 14 anos, adultos imunossuprimidos (com HIV, câncer ou transplantados) de até 45 anos, e vítimas de abuso sexual até a mesma idade. Além da vacina, o uso de preservativos é fundamental no combate à doença.
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