CIÊNCIA

Estudo mostra que causa do autismo pode ter relação com cordão umbilical

Cientistas analisaram mais de 200 crianças e mães para chegarem ao resultado

Publicado em: 02/08/2024 17:22
Última atualização: 02/08/2024 17:24

Após anos de dúvidas sobre o que poderia causar o Transtorno de Espectro Autista (TEA), um novo estudo descobriu o que pode ser um dos fatores cruciais para o transtorno.  


Estudo pode ser ponto de partida revolucionário na detecção de TEA Foto: Freepik

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Eles encontraram uma ligação entre os níveis de um ácido graxo específico, presente no sangue do cordão umbilical, e o autismo.

Apesar de não haver uma causa comprovada, há evidências de que o autismo estaria ligado com neuroinflamações.

Outras pesquisas encontraram provas de que as moléculas dos ácidos graxos poliinsaturados (PUFA) regulados pelo citocromo P450 (CYP) afetam o desenvolvimento dos camundongos enquanto ainda são fetos.

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A partir disso, os pesquisadores da Universidade de Fukui, no Japão, resolveram estudar se o mesmo valeria para seres humanos. Para isso, eles analisaram o sangue no cordão umbilical de bebês. Participaram 200 crianças e mães.

Logo após ao nascimento, o sangue do cordão umbilical era coletado e preservado. Quando as crianças completaram 6 anos, os sintomas de TEA foram avaliados.

Resultados

Os cientistas descobriram que um composto no sangue do cordão umbilical, os ácidos di-hidroxieicosatrienoicos (diHETrE), estava fortemente ligado à gravidade do TEA.

"Essas descobertas sugerem que a dinâmica do diHETrE durante o período fetal é importante na trajetória de desenvolvimento das crianças após o nascimento”, disse o professor Matsuzaki, que participou do estudo, à Universidade de Fukui.

Inclusive, quanto mais alto o nível de 11,12-diHETrE, maiores os impactos nas interações sociais. Enquanto os níveis baixos de 8,9-diHETrE, afetavam os comportamentos repetitivos e restritivos. 

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Outra descoberta interessante é que essa ligação foi mais específica para as meninas do que para os meninos.

O estudo foi publicado na revista Psychiatry and Clinical Neurosciences. Ele pode ajudar na detecção das possibilidades de TEA ainda no nascimento no bebê, mas mais estudos são necessários.

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