DOENÇA DE BEHÇET: Entenda síndrome rara de filósofo brasileiro

Nesta semana, o filósofo Clóvis de Barros Filho contou que vive há dois anos com uma condição rara e que acredita não ter muito mais tempo de vida. "É pouco provável eu estar vivo em 5 anos", disse. Ele sofre com a doença de Behçet.

ENTENDA: Descoberto o novo vilão da saúde que aumenta em 88% o risco de pedras nos rins

O que é a doença de Behçet?

A síndrome de Behçet é uma doença autoimune rara, descoberta em 1937 pelo dermatologista Hulusi Behçet. Ela é caracterizada pelo desenvolvimento de úlceras dolorosas em diferentes partes do corpo, conforme a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) e o reumatologista Alexandre Wagner Silva de Souza ao site oficial Drauzio Varella.

"Ela é inflamatória, classificada como vasculite de vasos variáveis, ou seja, uma doença que inflama os vasos sanguíneos. E ela pode inflamar tanto artérias quanto veias, de qualquer tamanho", disse Souza.

FIQUE DE OLHO: Sentir dois ou mais desses 7 sinais é indicativo de transtornos do sono, dizem especialistas

Sintomas de Behçet

Os sintomas da doença de Behçet são manifestações de úlceras em diferentes partes do corpo, além do sistema nervoso central. De acordo com a SBR:

• Presença de aftas recorrentes;
• Úlceras genitais;
• Lesões de pele;
• Dores articulares;
• Inflamação no olho;
• Alterações neurológicas e/ou intestinais;
• Inflamação e trombose em veias;
• Aneurismas em artérias.

As aftas costumam ser recorrentes e durar mais de uma semana e não deixam cicatriz. Já as úlceras são mais dolorosas, mas acontecem com menor frequência. Nas mulheres, podem ser encontradas na vulva, nos homens, nos testículos e em ambos no períneo e região perineal.

SIGA O ABCMAIS NO GOOGLE NOTÍCIAS!

Diagnóstico e tratamento de Behçet

A síndrome possui um diagnóstico complicado, já que não há um exame específico que aponte se a pessoa tem ou não a doença. Ele é baseado apenas nas manifestações dos pacientes. 

Já o tratamento depende muito do que está incomodando o paciente e quais os órgãos que foram afetados. Como não existe cura, são as manifestações que serão tratadas.

Fontes: Drauzio Varella e SBR.