É Dezembro Vermelho, o mês da conscientização nacional e prevenção do HIV, Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). E, para entender como se proteger, saiba quais são os primeiros sintomas do HIV e o que é a janela imunológica.
O HIV é a singla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Ele é um retrovírus e uma IST que pode ficar indetectável por anos, sem qualquer sintoma. Já a Aids é a doença causada pelo retrovírus.
Mesmo sem sintomas, o HIV pode ser transmitido através de relações sexuais desprotegidas, seja oral, vaginal ou anal, pelo compartilhamento de seringas ou em transfusões de sangue contaminado.
O Ministério da Saúde também explica que uma mãe soropositivo pode transmitir para o filho durante a gravidez e a amamentação, quando não são tomadas as devidas medidas de prevenção.
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Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger com a utilização de camisinha durante o sexo, além de evitar compartilhar seringas.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o teste de forma gratuita. Porém, é preciso prestar atenção na janela imunológica.
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O que é a janela imunológica e por que é tão importante
Caso uma pessoa tenha relações sexuais sem proteção, por exemplo, e faça o teste sem prestar atenção na janela imunológica, o resultado pode não ser conclusivo.
A janela imunológica é o intervalo de tempo entre a infecção pelo HIV e a detecção dos primeiros anticorpos anti-HIV, que são produzidos pelo sistema de defesa do organismo, explica a Secretaria de Saúde do Paraná. Ela dura 30 dias, na maioria dos casos, mas o tempo pode variar. Isso depende de como o organismo da pessoa reage à infecção e ao tipo de teste, tanto o método utilizado quanto a sensibilidade dele.
Ou seja, se um teste é feito durante o período da janela imunológica, há chances de dar um resultado que não é conclusivo. Por exemplo, ele pode dar negativo para uma pessoa que, na verdade, está infectada, e apenas ainda não gerou os anticorpos anti-HIV.
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O que fazer?
O recomendado é que o teste seja repetido após 30 dias, com a coleta de uma nova amostra, caso o resultado dele seja não reagente, mas permaneça uma suspeita de infecção pelo HIV.
Além de tudo, é imporante entender que, durante esse período, o vírus do HIV já pode ser transmitido, mesmo que o teste tenha tido um resultado negativo.
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Os primeiros sintomas
Quando uma pessoa se infecta com o HIV, o sistema imunológico começa a ser atacado. É na primeira fase, chamada de infecção aguda, que o vírus é incubado.
A incubação é o tempo de exposição até o surgimento dos primeiros sinais e o período pode variar de três a seis semanas. Além disso, o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir os anticorpos anti-HIV. Só então os sintomas aparecem.
“Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe”, explica a SES do estado paranaense. Entre eles, estão a febre e o mal-estar. “Por isso, a maioria dos casos passa despercebida.”
Depois, as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus acontecem, mas isso não enfraquece o organismo o suficiente para que novas doenças atinjam a pessoa infectada. “Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático”, afirma.
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Recomendações
O recomendado é evitar se colocar em risco. Entretanto, caso faça sexo sem proteção ou acabe em qualquer outra situação em que há chances de se infectar com o HIV, procure uma unidade de saúde. Lá, é possível fazer o teste e tomar a Profilaxia Pós-Exposição (PEP).
Fontes: SES PR; Ministério da Saúde.