VACINAÇÃO
DENGUE: Vacinas no RS? Ministério da Saúde responde se há previsão para receber imunizante
Governador Eduardo Leite reforçou pedido por vacinas no dia 7 de fevereiro
Última atualização: 07/03/2024 11:26
No início do mês de fevereiro, o governador Eduardo Leite e a secretária de Saúde Estadual, Arita Bergmann, participaram de uma reunião virtual com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, sobre a situação da dengue e aproveitaram para reforçar o pedido de vacinas para o Rio Grande do Sul, que, atualmente, contabiliza 14 óbitos pela doença. Exatamente um mês depois do encontro, ainda não há previsão de disponibilização do imunizante para o Estado.
Na ocasião, a ministra destacou que o governo federal estaria atuando para agilizar a distribuição das doses vacinais, assim como a produção do imunizante no Brasil, para facilitar o atendimento da população. "Nós estamos trabalhando muito nesta questão da vacina. O [Instituto] Butantan se encontra na fase três da produção, que é de dose única, mas o dossiê ainda precisará passar por análise da Anvisa", explicou.
Segundo o Painel de Casos de Dengue RS, 446 municípios têm casos registrados da doença. Até esta quinta (7), o número de confirmados passava dos 14 mil, além de 9.416 em investigação. Novo Hamburgo é a cidade que ocupa a primeira posição, em números absolutos, de casos confirmados. São 2.432 pessoas com dengue e 310 em investigação. O município também registrou um óbito pela doença.
Em nota enviada na terça (5), o Ministério da Saúde informou que, devido à capacidade limitada de produção do laboratório e à pequena quantidade de doses oferecidas, foi necessário definir critérios para a estratégia de imunização contra a dengue no País. A decisão foi pactuada com representantes de estados e municípios, respectivamente o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), levando em consideração as recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (Ctai) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"A definição da estratégia foi aprovada a partir da análise da situação epidemiológica nas Regiões de Saúde do Brasil. Essas divisões correspondem às localidades formadas por municípios fronteiriços que compartilham identidades culturais, econômicas e sociais, redes de comunicação e infraestrutura de transportes. A finalidade dessas regiões é integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde", informou a pasta.
Os imunizantes foram enviados para 37 Regiões de Saúde, totalizando 521 municípios, localizados em 16 estados e no DF, atendendo a três critérios:
- Possuir pelo menos um município de grande porte, ou seja, com mais de 100 mil habitantes;
- Alta transmissão de dengue registrada em 2023 e 2024;
- Predominância do sorotipo 2 do vírus da dengue (DENV-2).
Conforme o Ministério da Saúde, foram fabricados e disponibilizados pelo fornecedor 5,2 milhões de doses para 2024. E, para 2025, a pasta já contratou outras 9 milhões de doses. “Mas, diante da insuficiência para atender às necessidades do Brasil, o Ministério busca viabilizar parcerias estratégicas para ampliar a oferta da vacina contra a dengue. O laboratório japonês e o Instituto Butantan manifestaram interesse em atuar em conjunto para acelerar a produção no Brasil. A intenção também é somar esforços à Fiocruz para aumentar a produção da vacina da Takeda e assim expandir a produção nacional”, diz a nota.
No entanto, segundo a pasta, não há previsão de ampliação do público-alvo, “mas, à medida que a produção da vacina aumentar, outros entes também serão contemplados, expandindo o público a ser imunizado”, informou.
Veja a lista dos municípios contemplados no site do Governo Federal.