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BEM-ESTAR

Cuidado com idosos: especialista fala sobre a importância do acolhimento afetivo 

A especialista destaca três ações simples que podem fazer a diferença no acolhimento de idosos nos tempos atuais

Publicado em: 07/06/2024 às 14h:09 Última atualização: 07/06/2024 às 14h:10
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Eventos climáticos como os que vive o Rio Grande do Sul, que mexem com a rotina e até a perspectiva de futuro das pessoas, e até a tentativa de retomada atingem a população de várias formas. A população mais idosa também sente esses impactos. 

Acolhimento adequado a pessoas idosas faz a diferença no bem-estar  | abc+



Acolhimento adequado a pessoas idosas faz a diferença no bem-estar

Foto: Divulgação

Em momentos como este, afirma a geriatra Estefânia Mocelin,  o acolhimento afetivo e anímico à população mais idosa é vital para a manutenção da saúde e do bem-estar das pessoas mais velhas.

Estefânia Mocelin, geriatra que atua no Magno Três Figueiras - São Pietro | abc+



Estefânia Mocelin, geriatra que atua no Magno Três Figueiras – São Pietro

Foto: Divulgação

A especialista que atua no Magno Três Figueiras São Pietro explica que o cenário extraordinário vivido no RS no momento remete aos tempos de pandemia de Covid, quando as incertezas favorecem, por exemplo, episódios de ansiedade, solidão e desamparo.

“Dedicar tempo e atenção é a principal forma de acolhimento. O tempo que se dedica a alguém é de um valor essencial. É uma atitude simples mas bastante eficaz, que está ao alcance de todos”, resume.

Estefânia destaca três ações simples que podem fazer a diferença no acolhimento de idosos nos tempos atuais. As instruções são diretamente ligadas à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o envelhecimento ativo da população: saúde (bem-estar biopsicossocial), participação (social – cidadania – cultural, espiritual), segurança/proteção e aprendizagem ao longo da vida (aprendizado formal ou informal).

Dicas de acolhimento aos idosos

  • Escuta ativa: “Ouvir, mesmo que as histórias se repitam ou não tenham nexo, é uma forma efetiva de conceder amparo fazendo com que o idoso perceba que se importam com ele, tanto na esfera física quanto mental”.
  • Senso cognitivo: “O engajamento em jogos, leitura de jornais, revistas ou meios digitais até atividades de canto ou dança são exemplos de ações que estimulam a memória e o raciocínio”.
  • Socialização: “O idoso, como qualquer outro indivíduo, necessita de validação e sentimento de pertencimento social. Assim, interagir com as demais pessoas de seus círculos – seja ele familiar, em um abrigo ou similar – fortalece o seu vínculo com a realidade que, neste momento, impacta a todos de uma forma ou de outra”.

População idosa é relevante no RS

O Rio Grande do Sul tem grande representatividade neste contexto. Os dados mais recentes do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que esse é o estado com maior percentual de idosos no País. São 2.193.416 pessoas com 60 anos ou mais, o equivalente a 20,15% da população. 

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