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Como fica a vacinação contra Covid-19 em 2024? Entenda quem faz parte dos grupos prioritários

Entenda como funciona o novo esquema de vacinação com a SpikeVax e como serão feitas as doses anuais contra a Covid-19

Publicado em: 19/06/2024 13:12
Última atualização: 19/06/2024 13:13

SpikeVax, a nova vacina contra a Covid-19 disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), está sendo ofertada na nova campanha de vacinação do Ministério da Saúde. Entretanto, ela não é para todo mundo.


Recomendação é que menores de 6 meses até crianças de 5 anos sejam priorizadas na vacinação Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Desde janeiro de 2024, a vacina contra a Covid-19 integra o Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ainda que seja essencial que toda a população se vacine, as pessoas que correm maior risco de morrer por conta da doença devem ser priorizadas, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A SpikeVax é uma dose monovalente que protege contra uma subvariante específica da Covid-19, a XBB 1.5, conhecida popularmente como Kraken e um subtipo da variante Ômicron. A vacina é registrada pela empresa Adium S.A. e fabricada pela Moderna, com indicação para imunização ativa em crianças a partir de 6 meses e adultos.

Em maio, a pasta confirmou a compra de 12,5 milhões de doses do imunizante contra a Covid-19 SpikeVax, produzido pela farmacêutica Moderna. O processo de aquisição emergencial, segundo o ministério, começou em dezembro de 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a versão mais atualizada da vacina.

Agora, a recomendação do Ministério da Saúde é que estados e municípios priorizem crianças de 6 meses a menores de 5 anos e grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas.

Esquema primário

Com a aquisição da nova dose, o esquema primário de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, em 2024, passa a funcionar da seguinte forma:

  • Crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias devem receber duas doses, ambas da SpikeVax, com intervalo de quatro semanas entre elas;
  • Pessoas com 5 anos ou mais que fazem parte de grupos prioritários devem receber uma dose da nova vacina;
  • Imunocomprometidos com 5 anos ou mais devem receber três doses, sendo a primeira SpikeVax. A segunda dose deve ser aplicada quatro semanas depois e a terceira, oito semanas após a segunda dose.

De acordo com a Estratégia de Vacinação contra a Covid-19 deste ano, o esquema primário não é mais recomendado rotineiramente para pessoas a partir dos 5 anos ou mais que não fazem parte de grupos prioritários.

Entretanto, se ela não tiver sido vacinada anteriormente e optar por fazer isso agora, pode receber uma dose da vacina monovalente.

No caso de crianças menores de 5 anos completamente imunizadas (três doses) anteriormente com outras vacinas contra a Covid-19, a orientação do ministério é que elas recebam mais uma dose da SpikeVax.

Como funcionam as doses anuais ou reforço contra Covid

Além de completar o esquema primário, é preciso atentar para as doses anuais contra a Covid-19, que passaram a funcionar da seguinte forma:

  • Grupos prioritários a partir de 5 anos devem receber uma dose anual da SpikeVax, desde que aplicada com intervalo mínimo de três meses desde a administração da última dose contra a Covid-19;
  • - Imunocomprometidos a partir de 5 anos, gestantes, puérperas e idosos a partir de 60 anos devem receber duas doses anuais da nova vacina monovalente, com intervalo mínimo de seis meses entre elas;

Pessoas com 5 anos ou mais que não pertencem a grupos prioritários e já possuem o esquema primário completo (duas doses) não têm indicação para receber a dose anual ou reforço.

Esquema de vacinação incompleto

Quem está com o esquema de vacinação incompleto e faz parte de grupos prioritários deve receber uma dose da SpikeVax conforme as orientações abaixo:

  • Pessoas com apenas uma dose devem receber mais uma dose (intervalo mínimo de quatro semanas);
  • Pessoas com duas doses devem receber mais uma dose (intervalo mínimo de seis meses).

Crianças de 6 meses a 4 anos que iniciaram o esquema de três doses e completaram 5 anos antes de terminar o esquema devem seguir as orientações abaixo:

  • Quem recebeu apenas uma dose antes dos 5 anos deve receber mais uma dose e encerrar o esquema;
  • Quem recebeu duas doses antes dos 5 anos deve encerrar o esquema;
  • Quem recebeu três doses antes dos 5 anos deve considerar o esquema completo e não precisa receber novas doses.

Não vacinados

Pessoas de grupos prioritários que nunca foram vacinadas contra a Covid-19 devem receber duas doses, com intervalo de quatro semanas entre elas. Gestantes, puérperas, imunocomprometidos e idosos com 60 anos ou mais nessa situação, além das duas doses, devem receber uma dose de reforço, após seis meses da última dose.

Já pessoas imunocomprometidas que nunca foram vacinadas devem receber três doses, com intervalo de quatro semanas entre a primeira e a segunda dose e de oito semanas entre a segunda e a terceira dose, conforme esquema primário definido. Uma dose de reforço pode ser aplicada no grupo após seis meses da última dose.

Grupos prioritários

  • Pessoas com 60 anos ou mais;
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores;
  • Pessoas imunocomprometidas;
  • Indígenas vivendo em terra indígena;
  • Ribeirinhos;
  • Quilombolas;
  • Gestantes e puérperas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Pessoas com comorbidades;
  • Pessoas privadas de liberdade;
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas;
  • Pessoas em situação de rua.

Viajantes

Em caso de viagem internacional, devem ser verificadas as exigências do país de destino. Caso o país exija esquema vacinal contra a Covid-19, e o viajante não tiver nenhuma dose, ele poderá receber o esquema de até duas doses.

De acordo com o Ministério da Saúde, estados e municípios devem avaliar as situações individualmente, no intuito de encontrar o melhor esquema vacinal conforme a disponibilidade do imunizante e as exigências do país de destino.

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