Além da leptospirose e do tétano acidental, há outras doenças que têm maior risco de contaminação por conta da catástrofe que assola o Rio Grande do Sul. Uma delas é a hepatite A.
Foto: Laura Rolim/GES-Especial
Hepatite A: O que é e quais as causas
A hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite. Apesar de ser benigna na maioria dos casos, os sintomas aumentam e a doença pode se tornar letal com a idade, segundo o Ministério da Saúde.
Transmissão da hepatite A
A hepatite A é transmitida pelo contato de fezes com a boca e tem uma grande relação com alimentos e água inseguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Outras formas são o contato pessoal próximo com pessoas que estão residindo em um mesmo local, como a atual situação de abrigados, ou como entre crianças em creches, além do contato sexual.
O vírus é estável no meio ambiente e é presente em grandes quantidades nas fezes de quem está infectado, contribuindo ainda mais para a transmissão.
Sintomas de hepatite A
Os sintomas da hepatite A não são específicos e inicialmente se manifestam como:
Fadiga;
Mal-estar;
Febre;
Dores musculares.
Depois, podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais como:
Enjoo;
Vômitos;
Dor abdominal;
Constipação ou diarreia.
A pessoa pode apresentar a urina escura e, dias depois, entrar na fase da pele e os olhos amarelados, chamada de icterícia.
Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses, conforme a pasta.
Como se proteger da hepatite A
- Lavar as mãos (incluindo após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos);
- Lavar com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
- Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
- Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
- Usar instalações sanitárias;
- No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.
- Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
- Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
- Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais.
- Vacina.
A vacina contra a hepatite A é altamente eficaz e segura e é a principal medida de prevenção contra a doença.
Fonte: Ministério da Saúde.
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