As enchentes que atingem o Rio Grande do Sul, deixando mais de 150 mortos até esta quinta-feira (16), podem trazer ainda muitos riscos. Além de bichos peçonhentos, que podem aparecer após as águas baixarem, há também as doenças, como hepatite A e a leptospirose, que podem ser transmitidas pela água e lama contaminadas.
Leptospirose: o que é e quais as causas
Causada por uma bactéria que está presente na urina de roedores, como ratos, ratazanas e camundongos, a leptospirose é uma doença que, normalmente, se espalha pela água suja das enchentes, lama e esgoto.
Entretanto, ela pode ser transmitida também pelo xixi de outros animais que estejam contaminados, como cavalos, porcos, cães, entre outros.
Os riscos de contrair a leptospirose são muito grandes durante enchentes e após elas, já que tudo que a água tocou pode estar contaminado, como os objetos e os locais.
Sintomas
Os sintomas começam entre o 7º e o 14º dia após a exposição à bactéria, mas a leptospirose pode levar até 30 dias para se desenvolver.
Os sintomas incluem:
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febre, dor de cabeça;
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dor no corpo (principalmente nas panturrilhas);
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vômitos;
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pele amarelada (em casos mais graves).
Quem teve contato com água potencialmente contaminada e apresentar qualquer um dos sintomas deve procurar um serviço de saúde.
Como se proteger da leptospirose durante e após uma enchente
Para tentar se proteger de uma infecção por leptospirose, o Ministério da Saúde recomenda que os seguintes cuidados sejam seguidos:
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Ao entrar em áreas inundadas, use sempre impermeáveis e luvas, já que essa barreira física pode reduzir significativamente o risco de contato direto com água contaminada;
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Se possível, cubra cortes ou arranhões com bandagens à prova d’água para evitar a entrada da bactéria;
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Durante enchentes, garanta que a água para consumo seja filtrada e fervida;
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Descarte alimentos que tenham entrado em contato com água de enchente para evitar a contaminação;
Nos locais que tenham sido invadidos pela água, é recomendado que seja feita uma desinfecção do ambiente com hipoclorito de sódio a 2,5%, presente na água sanitária (1 copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água).
A luz solar também ajuda a matar a bactéria, segundo a Secretaria de Saúde do Governo do Rio Grande do Sul.
Fontes: Ministério da Saúde; Secretaria da Saúde do Governo do RS;