As temperaturas começam a cair e chega a hora de tirar do armário os casacos e cobertores. É então que começam os espirros, nariz coçando ou trancado, tosses… O outono e inverno trazem o frio e, com ele, o aumento dos casos de alergias, alertam os especialistas.
Com a queda das temperaturas, “as infecções virais e bacterianas podem precipitar crises de asma e piorar a rinite alérgica”, conforme a especialista em alergia e imunologia, Marta Gudacci, explicou à Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).
Outro fator para esse aumento dos casos de alergias são os ácaros, o principal motivo que as desencadeia. Eles “triplicam a sua proliferação no outono e também no inverno”.
Dentre os casos mais comuns, estão doenças alérgicas respiratórias rinite e asma, conforme a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).
Rinite alérgica
A rinite é uma inflamação que acontece na mucosa do nariz, a parte que humidifica e retém o ar respirado, explica o Ministério da Saúde.
Ela pode ser desencadeada quando a pessoa entra em contato com alérgenos. Ou seja, com partículas “que tenham capacidade de desencadear uma reação alérgica, a reação do sistema imune a agentes estranhos”.
Isso pode acontecer por inalação, como acabar respirando o pólen, fumaça, produtos químicos e poeira.
Sintomas da rinite:
- coceira no nariz e olhos;
- coceira no céu da boca, garganta e céu da boca;
- nariz escorrendo frequentemente;
- nariz entupido;
- espirros seguidos, principalmente durante manhã e noite;
- olhos vermelhos e ardendo.
Importante frisar que esses sintomas acontecem mesmo que a pessoa não esteja gripada ou resfriada.
Asma
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias que pode ser intensificada ou motivada por muitos fatores além dos ácaros, como: a presença de poeira, mofo, pólen, até infecções respiratórias causadas por vírus e a própria rinite.
Inclusive, estar com excesso de peso, ter refluxo gastroesofágico, uso de certos medicamentos e a predisposição genética podem acarretar em asma. As alergias, no entanto, são fatores importantes como causadores de crises de asma.
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Ela atinge “cerca de 10% da população brasileira e é a causa de morte de aproximadamente duas mil pessoas por ano”, segundo a Asbai. Por isso, é importante saber os sintomas.
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Sintomas da asma
- falta de ar;
- dificuldade para respirar;
- sensação de aperto no peito ou peito pesado;
- chio ou chiado no peito;
- tosse.
Os sintomas podem variar durante o dia e piorar à noite e na madrugada, ou ao fazer atividades físicas. Eles também podem desaparecer sozinhos, “mas a asma continua lá, uma vez que não tem cura”, informa a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
As faixas etárias que correm maior risco
Nas faixas etárias que correm maior risco estão as crianças e os idosos, que podem desenvolver quadros mais graves de doenças respiratórias e até desidratação, conforme a SES de DF.
Quando procurar atendimento médico em caso de asma ou rinite alérgica
É preciso ficar atento aos seguintes sinais: falta de ar, dor no peito aliado à tosse, febre persistente e prostração. Caso haja algum deles, é importante procurar atendimento médico, segundo a SES do DF.
Já os sintomas mais graves são: lábios ou extremidades roxas, diarreias, vômitos, dores no corpo e de cabeça, dificuldade der urinar, desidratação, sangramentos, perda de consciência, inchaço na língua. Se houver a presença destes sinais, o recomendado é ir ao pronto-socorro.
Alergias podem desencadear outras doenças
O Ministério da Saúde também alerta para as doenças que podem ser causadas por alergias, como rinite, rinosinusite, conjuntivite, bronquite, dermatite, angioedema, urticária, esofagite (inflamação do esôfago), gastrite e gastroenterites.
Em casos ainda mais graves, elas podem acabar provocando até mesmo o choque e a parada cardiorrespiratória.
Tratamento para alergias no SUS
Pessoas que estão sofrendo com alergias podem começar um tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em uma das Unidades Básicas de Saúde (UBS), explica o Ministério da Saúde.
Depois do primeiro atendimento, os profissionais de saúde poderão avaliar se é necessário que o paciente seja encaminhado para um especialista e qual o mais adequado, “como por exemplo, alergologista, pneumologista ou dermatologista”, descreve a pasta.
Tratamentos para asma
A SBPT afirma que, embora não haja cura para a asma, há tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida e controlar os ataques, evitando que eles se tornem graves.
Entre eles, a maioria dos pacientes usam uma medicação controladora ou de manutenção, que é usada para prevenir que os sintomas apareçam, evitando as crises. A outra é um medicamento de alívio dos sintomas, quando a asma piora.
A famosa bombinha, explica, é apenas a forma que as pessoas chamam as medicações analatórias que geralmente são usadas para tratar a asma. Ela é apenas o reservatório de diversos remédios diferentes.
Fonte: Secretaria de Saúde do Distrito Federal; Asbai; Ministério da Saúde; SBPT.