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DOENÇA PERIGOSA

BRONQUIOLITE: Conheça sintomas da doença que levou filho de Bárbara Evans a ser internado na UTI

Bronquiolite é a terceira maior causa de mortes infantis no Brasil e pediatras alertam para cuidados especiais durante outono e inverno

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Publicado em: 04/06/2024 às 21h:49 Última atualização: 04/06/2024 às 21h:49
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O filho da modelo Bárbara Evans, o Antônio, de apenas 6 meses, foi internado na Unitade de Tratamento Intensivo, em um hospital, no último domingo (2). A também atriz contou nas redes sociais o diagnóstico: bronquiolite.

Bronquiolite atinge, principalmente, bebês menores de dois anos | abc+



Bronquiolite atinge, principalmente, bebês menores de dois anos

Foto: Freepik

A doença é a terceira maior causa de mortes infantis no Brasil, segundo relato de caso publicado pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), com dados de 2009 até 2019.

Inclusive, é preciso tomar ainda mais cuidado com os bebês durante as épocas de outono e inverno, visto que os vírus acabam tendo uma maior circulação, conforme o alerta dos pediatras.

 

O que é bronquiolite

A bronquiolite é a inflamação da parte final dos brônquios, chamados bronquíolos, que distribuem o ar para os pulmões, segundo pediatra infectologista do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Márcio Nehab, e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Ela atinge, principalmente, bebês menores de dois anos, inclusive os recém-nascidos.

O que causa bronquiolite

A bronquiolite é causada por vírus respiratórios e o mais comum é o Vírus Sincicial Respiratório (VSI). Entretanto, “outros vírus também podem causar este quadro como: adenovírus, vírus parainfluenza, vírus influenza, rinovírus” e mais, segundo a SBP.

Os bebês acabam se contaminando pelas secreções respiratórias e pelo contato. Assim, “crianças que passam o dia em locais fechados com outras pessoas, como creches, estão mais propensas à infecção”, explica Nehab à Fiocruz.

Sintomas

Os sintomas começam como um resfriado:

  • nariz trancado;
  • coriza clara;
  • tosse;
  • febre;
  • bebê recusar mamar;
  • irritabilidade. 

Depois de dois dias, a tosse fica mais intensa e a criança pode ter dificuldade para respirar, além da respiração ficar mais rápida e ter a presença de chiado no peito.

Por vezes, os sintomas da bronquiolite podem ficar mais graves, como:

  • sonolência;
  • gemência;
  • cianose (lábios e extremidades roxos);
  • pausas respiratórias. 

Existe tratamento para bronquiolite?

Apesar de não existir tratamento para a causa da bronquiolite, é possível tratar os sintomas. Quando não há faltar de ar ou tosse com chiado, o bebê pode ser cuidado em casa, com bastante hidratação, uma boa alimentação e controlando a febre. 

Quando é preciso internar por bronquiolite?

Apesar de ser uma doença perigosa, a maioria das crianças nem precisam ir à emergência. “E, daquelas que procuram, uma pequena quantidade precisa ser internada”, explica Nehab.

Geralmente, os bebês acabam sendo internados, como o filho de Bárbara, para ter cuidados específicos, como controlar a oxigenação no sangue com o uso de oxigênio.

Ainda, há casos de crianças que precisam se alimentar por sondas ou necessitam de hidratação com soro. “Em casos mais graves, o bebê pode precisar de ventiladores mecânicos não invasivos ou invasivos para que o desconforto seja atenuado.”

Como prevenir a bronquiolite?

Não há uma fórmula mágica para a prevenção da bronquiolite, mas o diretor científico da SPRS, Ilson Enk, explicou 10 passos para proteger melhor os bebês, publicados pela organização. Confira:

  • incentivo ao aleitamento materno;
  • restringir visitas, sobretudo de pessoas com sintomas respiratórios;
  • visitas breves e contato físico mínimo com os bebês;
  • evitar ao máximo as saídas de casa, sobretudo a ambientes com aglomerados humanos;
  • lavagem repetida de mãos e, se possível, uso de álcool gel por todas as pessoas que lidam com as crianças;
  • casa higienizada e ventilada;
  • exposição ZERO ao tabaco;
  • bebês com sintomas respiratórios não devem frequentar a creche, nem receber “xaropes para a tosse” sem orientação médica;
  • crianças maiores, ainda que irmãos, não devem ter contato direto com bebês, se apresentam sintomas respiratórios agudos;
  • a avaliação com o pediatra é necessária sempre ante os sintomas respiratórios, especialmente acessos persistentes de tosse ou qualquer sinal de dificuldade respiratória.

Fontes: SPRS; SBP; IFF/Fiocruz.

Entre 2009 e 2019 foram registrados 419.980 óbitos infantis no Brasil, sendo as doenças por aparelho
respiratório, a terceira maior causa em incidência, com 20.529 casos.

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