Consumir 300mg de cálcio por dia – algo semelhante a um copo de leite – pode reduzir o risco de câncer colorretal em 17%. A conclusão é de um estudo publicado na revista científica Nature Communications.
O trabalho analisou dados de mais de 500 mil mulheres ao longo de 16 anos. Os pesquisadores avaliaram a associação de 97 produtos dietéticos e nutrientes com o risco de câncer.
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De acordo com o coordenador do Núcleo de Oncologia Gastrointestinal do Hospital Moinhos de Vento, Rui Weschenfelder, o cálcio pode ajudar a minimizar os efeitos de substâncias irritantes no intestino e, possivelmente, reduzir o desenvolvimento de células tumorais.
Embora os resultados do estudo sejam promissores, é importante lembrar que a prevenção do câncer é multifatorial e depende de uma abordagem mais ampla.
“A prevenção do câncer de intestino depende de múltiplos fatores, incluindo uma dieta equilibrada e saudável, rica em fibras, frutas, vegetais e alimentos integrais. Por outro lado, alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas, açúcares refinados e carnes processadas, como salsichas e embutidos, estão associados a um aumento no risco de câncer colorretal e devem ser consumidos com moderação. Além disso, outros fatores como atividade física regular e controle do peso, são fundamentais na redução do risco”, alerta o especialista.
Fatores de risco influenciam na incidência de câncer colorretal
Os principais fatores de risco para o câncer de intestino incluem idade avançada, histórico familiar de câncer colorretal, presença de pólipos intestinais, doenças inflamatórias intestinais (como retocolite ulcerativa e doença de Crohn), dieta rica em carnes processadas e gorduras, baixa ingestão de fibras, obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool.
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“Tanto fumar quanto o consumo de álcool estão associados ao aumento do risco de câncer colorretal. O tabagismo pode contribuir para alterações genéticas nas células do intestino, enquanto o álcool, especialmente em excesso, pode danificar o revestimento intestinal”, adverte Weschenfelder.
Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indica o surgimento de 44 mil novos casos por ano de câncer de intestino no Brasil. No país, esse tipo de tumor fica atrás apenas do câncer de mama e câncer de próstata.
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