Saúde
As condições que mais afetam a capacidade de ter filhos
Levantamento analisa causas não intencionais para ficar sem filhos
Um estudo internacional de saúde pública fez levantamento sobre as condições e doenças que mais afetam a perspectiva de paternidade ou maternidade ao longo da vida. Entre as conclusões da pesquisa, feita na Europa, está que determinadas enfermidades ou situações, quando ocorrem cedo na juventude, tendem a produzir indivíduos que não terão filhos, embora quisessem.
A pesquisa foi, em grande parte, comportamental. Não se tratava de uma investigação sobre doenças que produzem esterilidade ou incapacidade de ter filhos, mas sim de correlacionar a ocorrência de certas condições ao fato de os pacientes não produzirem progênie.
O estudo foi desenvolvido a partir de dados da Finlândia e Suécia, por um grupo liderado por Aoxing Liu e Andrea Ganna, da Universidade de Helsinque, e por Melinda Mills, de Oxford.
Metodologia
Utilizando registros nacionais, os pesquisadores analisaram informações sobre 414 diagnósticos de doenças do início da vida para 1,4 milhão de mulheres nascidas entre 1956-1973 e 1,1 milhão de homens nascidos entre 1956-1968.
Todos começaram no país aos 16 anos, não emigraram e, em sua maioria, haviam terminado os anos reprodutivos até 2018 (definidos como 45 anos para mulheres e 50 anos para homens).
As principais análises do estudo focaram em 71.524 pares de irmãs e 77.622 pares de irmãos que exibiam diferenças no status de maternidade ou paternidade (um irmão tinha filhos, outro não).
Das 74 doenças significativamente associadas à ausência de filhos, mais da metade eram transtornos mentais e comportamentais.
Além disso, foram descobertas várias associações entre doença e ausência de filhos, como doenças autoimunes e inflamatórias. Um quarto dos 1,1 milhão de homens estudados não tinha filhos, comparado a 16,6% das mulheres. Na Finlândia, indivíduos com menos formação eram mais propensos a não ter filhos, principalmente quando os pais também tinham menor formação.
(Com informações de ScienceDaily)
As causas mais comuns encontradas no estudo
Esquizofrenia e alcoolismo apresentaram associações mais fortes com ausência de filhos em homens, enquanto doenças relacionadas ao diabetes e anomalias congênitas mostraram associações mais fortes em mulheres.
As diferenças de sexo foram observadas na idade do início da doença, com associações mais fortes anteriormente para mulheres diagnosticadas entre 21 e 25 anos, e posteriormente para homens diagnosticados aos 26-30 anos. Por exemplo, mulheres diagnosticadas com obesidade tiveram níveis mais altos de ausência de filhos se receberam o diagnóstico inicial entre 16 e 20 anos, em comparação com aquelas diagnosticadas posteriormente.
O estudo também revelou que a ausência de um parceiro desempenhou um papel substancial na conexão entre doenças e ausência de filhos, representando cerca de 29,3% nas mulheres e 37,9% nos homens.
Os autores apontam que com a tendência moderna de postergar a paternidade ou maternidade, é importante mapear as causas involuntárias para não ter filhos. Isso permite ações preventivas e suporte de saúde pública.
Um estudo internacional de saúde pública fez levantamento sobre as condições e doenças que mais afetam a perspectiva de paternidade ou maternidade ao longo da vida. Entre as conclusões da pesquisa, feita na Europa, está que determinadas enfermidades ou situações, quando ocorrem cedo na juventude, tendem a produzir indivíduos que não terão filhos, embora quisessem.
A pesquisa foi, em grande parte, comportamental. Não se tratava de uma investigação sobre doenças que produzem esterilidade ou incapacidade de ter filhos, mas sim de correlacionar a ocorrência de certas condições ao fato de os pacientes não produzirem progênie.
O estudo foi desenvolvido a partir de dados da Finlândia e Suécia, por um grupo liderado por Aoxing Liu e Andrea Ganna, da Universidade de Helsinque, e por Melinda Mills, de Oxford.
Metodologia
Utilizando registros nacionais, os pesquisadores analisaram informações sobre 414 diagnósticos de doenças do início da vida para 1,4 milhão de mulheres nascidas entre 1956-1973 e 1,1 milhão de homens nascidos entre 1956-1968.
Todos começaram no país aos 16 anos, não emigraram e, em sua maioria, haviam terminado os anos reprodutivos até 2018 (definidos como 45 anos para mulheres e 50 anos para homens).
As principais análises do estudo focaram em 71.524 pares de irmãs e 77.622 pares de irmãos que exibiam diferenças no status de maternidade ou paternidade (um irmão tinha filhos, outro não).
Das 74 doenças significativamente associadas à ausência de filhos, mais da metade eram transtornos mentais e comportamentais.
Além disso, foram descobertas várias associações entre doença e ausência de filhos, como doenças autoimunes e inflamatórias. Um quarto dos 1,1 milhão de homens estudados não tinha filhos, comparado a 16,6% das mulheres. Na Finlândia, indivíduos com menos formação eram mais propensos a não ter filhos, principalmente quando os pais também tinham menor formação.
(Com informações de ScienceDaily)
As causas mais comuns encontradas no estudo
Esquizofrenia e alcoolismo apresentaram associações mais fortes com ausência de filhos em homens, enquanto doenças relacionadas ao diabetes e anomalias congênitas mostraram associações mais fortes em mulheres.
As diferenças de sexo foram observadas na idade do início da doença, com associações mais fortes anteriormente para mulheres diagnosticadas entre 21 e 25 anos, e posteriormente para homens diagnosticados aos 26-30 anos. Por exemplo, mulheres diagnosticadas com obesidade tiveram níveis mais altos de ausência de filhos se receberam o diagnóstico inicial entre 16 e 20 anos, em comparação com aquelas diagnosticadas posteriormente.
O estudo também revelou que a ausência de um parceiro desempenhou um papel substancial na conexão entre doenças e ausência de filhos, representando cerca de 29,3% nas mulheres e 37,9% nos homens.
Os autores apontam que com a tendência moderna de postergar a paternidade ou maternidade, é importante mapear as causas involuntárias para não ter filhos. Isso permite ações preventivas e suporte de saúde pública.