DE VOLTA PRA CASA

ANEMIA DE FANCONI: Depois de quatro meses, paciente com doença rara já tem data para voltar ao RS

Morador de Igrejinha, de apenas 8 anos, realizou transplante de medula osséa no Paraná em setembro do ano passado

Publicado em: 10/01/2025 21:21
Última atualização: 10/01/2025 21:31

No dia 11 de setembro João Henrique, de 8 anos, chegou a Curitiba para realizar o transplante de medula óssea, parte fundamental no tratamento contra a Aplasia Medular Secundária, uma forma rara de Anemia de Fanconi. E nesta sexta-feira (10) ele começou a ficar mais perto da volta para sua casa em Igrejinha, após a retirada de um cateter, ele entra na contagem regressiva para o retorno.

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João retirou o cateter e se prepara para voltar a Igrejinha neste domingo Foto: Arquivo Pessoal

As passagens de João e da mãe Ana Paula Machado Soares, que acompanhou o menino durante todo o processo na capital do Paraná, estão agendadas para o próximo domingo (12) à tarde. A expectativa é que por volta das 18h os dois cheguem em Igrejinha, exatamente quatro meses e um dia após a chegada na cidade onde João recebeu a doação de medula óssea.

Em seus primeiros dias na cidade, o menino ainda contou com a presença de toda família, já que o doador da medula óssea foi o irmão mais novo, Davi, de apenas dois anos. O transplante no Hospital Pequeno Príncipe.

Ajuda e tratamento

Durante os últimos quatro meses, João e mãe ficaram hospedados na Associação Paranaense de Apoio à Criança (APACN). A cirurgia de medula foi um sucesso, contudo, ainda era necessário um acompanhamento em tempo quase integral para a conclusão do tratamento.

Quimioterapia, novas vacinas, entre outros medicamentos compuseram a rotina de tratamentos do menino neste período. Embora a hospedagem fosse gratuita, a família teve diversos gastos com alimentação, transporte e mesmo com remédios. O apoio de amigos e desconhecidos que colaboraram com a vaquinha aberta e administrada pela família foi fundamental para cobrir os custos do tratamento.

Reta final

De volta para casa, João ainda precisará custear gastos com magnésio, vitaminas ainda continua e um cuidado especial com alimentação. “O João tem uma dieta na qual só pode comer alimentos cozidos e não podem industrializados somente preparados em casa”, relata Ana Paula.

Os custos seguem altos para a família, que vai manter a campanha Ajuda ao João com Anemia de Fanconi aberta. As doações estão sendo recebidas através da da chave Pix/telefone: (51) 99553-6426, em nome de Ana Paula Machado Soares. “Seria agora no começo pra chegarmos e conseguir me organizar”, explica Ana Paula.

Em um primeiro momento ele terá que ficar isolado em casa, sem poder receber visitas. No dia 12 de fevereiro João volta a Curitiba para realizar exames e consultas. A rotina vai se manter durante alguns meses para seguir acompanhando a evolução do tratamento. Neste caso os deslocamentos serão custeados pelo governo do Estado, e o tempo de permanência na cidade será menos de uma semana.

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