Agentes do Grupamento de Defesa Ambiental (GDA) Ipson Pavani, da Guarda Civil Municipal (GCM) de São Leopoldo, resgataram uma serpente venenosa na segunda-feira (24). A ação ocorreu quando a equipe estava em patrulhamento na Rua Walter Rosa, bairro Campestre, e avistou uma jararaca atravessando a via.
Com os equipamentos adquiridos recentemente, os agentes realizaram a captura da serpente e não foi identificado nenhum ferimento. Em contato com o Zoológico Municipal de Canoas, a orientação foi de libertar a jararaca em uma área de mata afastada de residências para que retorne ao seu ambiente natural.
De acordo com o Ministério da Saúde, a espécie é a maior causadora de acidentes com cobras no País, o que representa 69,3% das picadas registradas no Brasil. Os principais sintomas da picada de uma jararaca adulta em humanos são dor e inchaço local, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento no ferimento. Também podem ocorrer sangramentos em mucosas como nas gengivas. As complicações podem provocar infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal.
Segundo o inspetor chefe do GDA, Emerson dos Anjos, os agentes possuem capacitação para a captura deste tipo de serpente peçonhenta. “Utilizamos os novos equipamentos recebidos há pouco tempo. Foi utilizada uma técnica de resgate e manejo de acordo com os conhecimentos que possuímos para a captura ser a mais segura possível tanto para a cobra quanto para os agentes em serviço”, esclareceu.
Dos Anjos também faz um alerta para a população. “Nunca se deve tentar capturar um animal porque ele pode reagir de forma agressiva caso se sinta ameaçado, ainda mais se tratando de uma serpente venenosa. Nossa orientação é que façam contato imediatamente conosco”, destaca.
Outra orientação é não ferir nem matar o animal. Conforme o artigo 29 da lei 9605/98, matar, perseguir, capturar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida gera detenção de seis meses a um ano e multa. Em caso de contato com alguma espécie a GCM pode ser acionada pelo telefone 153.
No fim de junho, uma cobra-cipó apareceu no ar-condicionado de um carro, também em São Leopoldo. O animal foi solto no interior do Parque Imperatriz para se reestabelecer em seu habitat.
O que fazer
A Secretaria Municipal da Saúde (Semsad) orienta que em casos de picadas de animais peçonhentos a pessoa seja levada imediatamente para o Hospital Centenário.
Informe ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como: tipo de animal, cor, tamanho, entre outras.
Se possível, e caso tal ação não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lave o local da picada com água e sabão, mantenha a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao pronto socorro.
Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retire acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados. Não amarre torniquete no membro ferido e, muito menos, corte e/ou aplique qualquer tipo de substância (pó de café, álcool, entre outros) no local da picada.
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