SÃO LEOPOLDO

VEJA FOTOS: Festa no Museu Histórico celebrou os 199 anos da imigração alemã

Museu de São Leopoldo promoveu Einwanderungs Fest neste 25 de julho

Publicado em: 26/07/2023 11:06
Última atualização: 18/10/2023 15:08

O tempo encoberto e alguns episódios de chuva fraca não desanimaram o público que foi ao Museu Histórico Visconde de São Leopoldo (MHVSL) prestigiar a Einwanderungs Fest, ou a "Festa da Imigração", celebrada nesta terça-feira, 25 de julho – data que marca a chegada dos primeiros imigrantes alemães a São Leopoldo.

Com gastronomia típica, chope, jogos, bandinha, feira de artesanato, entre outras atrações, o evento gratuito levou centenas de pessoas a aproveitar o feriado no espaço.

Comemoração no Museu Histórico ocorreu nesta terça-feira Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

Abertura

Um dos momentos marcantes ocorreu ainda na abertura da festa, com a chegada de uma centelha da chama crioula por 25 cavalarianos da Sociedade Gaúcha da Lomba Grande, que vieram do bairro hamburguense. Ao som da banda do 19º Batalhão de Infantaria Motorizado (BIMtz), as bandeiras do Brasil, Alemanha, Rio Grande do Sul e São Leopoldo foram hasteadas pela diretora de Relações Institucionais do Museu, Ingrid Marxen, o cônsul-geral da Alemanha para o Sul do Brasil, Milan Simandl, a 2ª prenda juvenil da 30ª Região Tradicionalista, Maria Eduarda dos Santos, e o prefeito Ary Vanazzi, respectivamente.

“Estamos festejando esse dia, com tantas autoridades, no Museu que preserva a nossa história, para que possamos apresentá-la aos nossos descendentes. O futuro está aqui, o passado é a base de um bom futuro”, disse Ingrid, lembrando que se iniciou oficialmente o ano do bicentenário.

Bicentenário para aprofundar relações

O cônsul-geral da Alemanha, Milan Simandl discursou com frases nos dois idiomas e disse estar muito feliz por participar da abertura do evento, exatos 199 anos após o início da colonização germânica. “Em 2024, comemoraremos no Rio Grande do Sul e em todo o Brasil os 200 anos da imigração alemã. Aqui no Rio Grande do Sul já está instituída a Comissão do Oficial do Bicentenário. A imigração tem muitos aspectos, tenho certeza de que será possível oferecer um quadro muito amplo sobre o tema, principalmente para a geração mais jovem”, destacou Simandl, agradecendo ao Museu e à cidade de São Leopoldo.

“Entendemos o bicentenário como um grande evento no Brasil, que proporcionará muitas oportunidades para aprofundar a relação de amizade já existente entre nossos países e, ainda mais, entre os nossos cidadãos”, completou o cônsul.

Marco inicial de uma grande história

“Hoje podemos ter orgulho de estar aqui comemorando 199 anos. Aquele dia, em 1824, aqui na barranca do Rio dos Sinos, foi um marco inicial da construção de uma grande história de uma cidade que hoje é a quinta economia do Estado do Rio Grande do Sul”, destacou o prefeito Ary Vanazzi, lembrando que foi muito recebido em São Leopoldo.

“Que o ano que vem possamos ter a maior festa que se viu na região metropolitana, comemorando aqui um grande evento, não só de música, mas de integração cultural e histórica, e que essa cidade seja mais forte e mais bonita, e que devolva à nossa população alegria, amor e paz no coração”, finalizou.

Conselheiro da Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, Aurélio Strack, falou do orgulho dos cavalarianos em participar da festa. Ele recordou que a entidade tradicionalista tem 85 anos, sendo a quinta mais antiga do estado. “Naquela época, Lomba Grande pertencia a São Leopoldo. Dos 39 imigrantes que chegaram em São Leopoldo em 1824, duas famílias se dirigiram para Lomba Grande e o único meio que tinham eram as carretas e os cavalos”, disse. “Em homenagem a isso, o nosso muito obrigado e que os 200 anos sejam uma grandiosa festa a todos nós.”

Música e Trenzinho do Vale animaram o público

A festa seguiu com a banda de música do 19º BIMtz e, logo após, com a animação da bandinha típica Quebra Galho. Entre as atrações estava ainda o Trenzinho do Vale, que levava os passageiros para fazer um passeio por pontos turísticos da cidade.

Junto do pai Roberson dos Santos, 38 anos, e da avó, Eloísa Kaufman, 52, a pequena Isabelle, de 6 anos, foi vestida de alemã à festa e aproveitou para dar uma volta de Trenzinho. “Foi muito legal!”, exaltou a menina.

Moradora do bairro Morro do Espelho, Vera Mariza Rego, 70 anos, foi à Festa da Imigração pela primeira vez, experimentou bolinhos de batata e também aproveitou o Trenzinho. “A festa está ótima. Fui no Trenzinho e amei. Gritei e cantei muito com a bandinha”.

Einwanderungs Fest, a Festa da Imigração, ocorreu no Museu Histórico Visconde de São LeopoldoPriscila Carvalho/GES-Especial
Einwanderungs Fest, a Festa da Imigração, ocorreu no Museu Histórico Visconde de São LeopoldoPriscila Carvalho/GES-Especial
Einwanderungs Fest, a Festa da Imigração, ocorreu no Museu Histórico Visconde de São LeopoldoPriscila Carvalho/GES-Especial
Einwanderungs Fest, a Festa da Imigração, ocorreu no Museu Histórico Visconde de São LeopoldoPriscila Carvalho/GES-Especial
Einwanderungs Fest agitou a cidade com o trenzinhoPriscila Carvalho/GES-Especial
Einwanderungs Fest, a Festa da Imigração, ocorreu no Museu Histórico Visconde de São Leopoldo - Trenzinho do ValePriscila Carvalho/GES-Especial
Einwanderungs Fest, a Festa da Imigração, ocorreu no Museu Histórico Visconde de São Leopoldo - Isabelle e o pai RobersonPriscila Carvalho/GES-Especial
Einwanderungs Fest, a Festa da Imigração, ocorreu no Museu Histórico Visconde de São LeopoldoPriscila Carvalho/GES-Especial
Einwanderungs Fest, a Festa da Imigração, ocorreu no Museu Histórico Visconde de São LeopoldoPriscila Carvalho/GES-Especial
Einwanderungs Fest, a Festa da Imigração, ocorreu no Museu Histórico Visconde de São Leopoldo - tortaria Becker HausPriscila Carvalho/GES-Especial
Einwanderungs Fest, a Festa da Imigração, ocorreu no Museu Histórico Visconde de São LeopoldoPriscila Carvalho/GES-Especial

Gastronomia típica germânica chamou a atenção

A festa também foi uma oportunidade de expositores mostrarem suas produções artesanais e delícias gastronômicas. Caso da tortaria Becker Haus, de Gustavo e Ariane Becker, que participam da ação pela terceira vez. “No primeiro ano que viemos, ainda não tínhamos a cafeteria, só a produção por delivery. Foi uma oportunidade muito bacana e acabou sendo a nossa estreia fora de casa, trazendo as tortas para serem visualizadas”, comentou Gustavo. Ontem, eles levaram brownies, cupcakes e tortas doces e salgadas de diversos sabores, como a floresta negra, que faz parte do Circuito Gastronômico Germânico.

A padaria artesanal São Pio, que trabalha com uma linha de produtos tradicionais alemães, também esteve na festa, levando apfelstrudel, stollen, bockwurst e pretzel, entre outros. “Comecei a trabalhar com produtos tradicionais há três anos, quando não se tinham ainda padarias que fizessem produtos tradicionais Acho importante que se tenham eventos como esse”, ressaltou o proprietário, Lucas Scherer de Souza Nunes.

Ariane e Gustavo, da tortaria Becker Haus, levaram suas delícias para a festa Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

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