Mesmo depois de atingir a cota de inundação em Campo Bom, o nível do Rio do Sinos não para de subir, situação que deve seguir até sexta-feira (29). A previsão da Defesa Civil da cidade é que a partir de 7,35 metros as águas já cheguem às primeiras casas e seja necessário remoção de famílias para o Ginásio Municipal, o que até as 17 horas desta quinta-feira (28) não foi necessário, visto que o Sinos estava em 7,27m.
Durante a medição das 14 horas, foi verificado que o volume era de 7,23 metros, uma alta de três centímetros em comparação com o averiguado às 13 horas. Coordenador da Defesa Civil do município, Paulo Silveira, alerta para o fato de ainda haver água represada em outras cidades, que vão acabar desaguando em Campo Bom.
“Temos muita água para descer da região do Paranhana e da parte de Rolante”, projeta Silveira. O Rio já havia transbordado na tarde desta quinta, embora ainda não chegasse às residências. Silveira diz que, por enquanto, a situação está sobe controle e prevê uma elevação mais lenta a partir de sexta. “Só torcemos para que não volte a chover.”
Contudo, ruas como a Estrada Pio XII já estavam tomadas pelas águas, e uma retroescavadeira auxiliava os pedestres a atravessarem a rua. “Aqui ainda consigo, quem mora mais para baixo só com a patrola para poder ir trabalhar”, relata a moradora Marisa Taques.
O governo municipal colocou uma retroescavadeira para auxiliar os pedestres na travessia do trecho alagado da Pio XII. Nesta quinta, o serviço funcionará até as 20 horas. No restante da noite, a partir de chamados para a Defesa Civil. No dia seguinte, a retroescavadeira começa a funcionar a partir das 6 horas.
Sequência preocupante
Já atentos à subida do Rio, moradores como Marisa buscavam formas de proteger seus bens. Para evitar perder móveis e eletrodomésticos, a saída foi utilizar tijolos e paletes. “Coloca para erguer, sofá, cozinha, geladeira”, conta Marisa.
Há dois anos vivendo na rua, Marisa diz estar surpresa e até assustada com a quantidade de cheias que precisou enfrentar neste ano. “Uma atrás da outra nunca tinha visto, no máximo tínhamos uma ou duas por ano.”
O Ginásio Municipal da cidade já está preparado para receber famílias que venham a ficar desabrigadas em razão da cheia do Sinos.
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