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"Uma atrás da outra nunca tinha visto": Moradores erguem eletrodomésticos em alerta ao nível do Rio dos Sinos

Faltam apenas oito centímetros para que as águas atinjam casas na cidade. Veja projeção da Defesa Civil

Eduardo Amaral
Publicado em: 28/09/2023 às 17h:57
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Mesmo depois de atingir a cota de inundação em Campo Bom, o nível do Rio do Sinos não para de subir, situação que deve seguir até sexta-feira (29). A previsão da Defesa Civil da cidade é que a partir de 7,35 metros as águas já cheguem às primeiras casas e seja necessário remoção de famílias para o Ginásio Municipal, o que até as 17 horas desta quinta-feira (28) não foi necessário, visto que o Sinos estava em 7,27m.

Água já toma ruas em Campo Bom e autoridades estão atentas para o risco de enchente | Jornal NH



Água já toma ruas em Campo Bom e autoridades estão atentas para o risco de enchente

Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial

Durante a medição das 14 horas, foi verificado que o volume era de 7,23 metros, uma alta de três centímetros em comparação com o averiguado às 13 horas. Coordenador da Defesa Civil do município, Paulo Silveira, alerta para o fato de ainda haver água represada em outras cidades, que vão acabar desaguando em Campo Bom.

“Temos muita água para descer da região do Paranhana e da parte de Rolante”, projeta Silveira. O Rio já havia transbordado na tarde desta quinta, embora ainda não chegasse às residências. Silveira diz que, por enquanto, a situação está sobe controle e prevê uma elevação mais lenta a partir de sexta. “Só torcemos para que não volte a chover.”

Contudo, ruas como a Estrada Pio XII já estavam tomadas pelas águas, e uma retroescavadeira auxiliava os pedestres a atravessarem a rua. “Aqui ainda consigo, quem mora mais para baixo só com a patrola para poder ir trabalhar”, relata a moradora Marisa Taques.



O governo municipal colocou uma retroescavadeira para auxiliar os pedestres na travessia do trecho alagado da Pio XII. Nesta quinta, o serviço funcionará até as 20 horas. No restante da noite, a partir de chamados para a Defesa Civil. No dia seguinte, a retroescavadeira começa a funcionar a partir das 6 horas.

Sequência preocupante

Já atentos à subida do Rio, moradores como Marisa buscavam formas de proteger seus bens. Para evitar perder móveis e eletrodomésticos, a saída foi utilizar tijolos e paletes. “Coloca para erguer, sofá, cozinha, geladeira”, conta Marisa.

Há dois anos vivendo na rua, Marisa diz estar surpresa e até assustada com a quantidade de cheias que precisou enfrentar neste ano. “Uma atrás da outra nunca tinha visto, no máximo tínhamos uma ou duas por ano.”

O Ginásio Municipal da cidade já está preparado para receber famílias que venham a ficar desabrigadas em razão da cheia do Sinos.

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