CANOAS

ULBRA: Mantenedora propõe ajuste no plano de recuperação judicial para manter Medicina

Mudança busca solucionar impasse com a União e acelerar a reestruturação para ampliar investimentos

Publicado em: 06/10/2023 15:42
Última atualização: 06/10/2023 15:43

A Aelbra, mantenedora da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), acaba de encaminhar à Justiça um pedido de ajuste no plano de recuperação judicial. A medida visa acelerar a reestruturação e ampliar investimentos.

ENTENDA A MAIS RECENTE DECISÃO JUDICIAL SOBRE VENDA DA MEDICINA DA ULBRA


Vista parcial do campus central da Ulbra, em Canoas Foto: Ulbra/Divulgação

A principal mudança é que não haverá mais a alienação de sua unidade de Medicina. Os ajustes não mudam o que foi pactuado com trabalhadores e só alteram as condições de pagamento de uma das quatro classes de credores, a que abrange dívidas quirografárias.

Para entrar em vigor, as medidas precisam ser aprovadas pelos credores. O presidente da Aelbra, Carlos Melke, entende que essa solução encerra o impasse com a União.

Ainda que a mais recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em favor da União tenha sido provisória, a Aelbra quer acelerar a reestruturação ao rever a venda da Medicina, que vinha encontrando forte resistência da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e do Ministério da Educação (MEC).

Ao mesmo tempo, a instituição entende que, com os ajustes no plano, oferecerá as garantias necessárias para quitar as dívidas tributárias.

"A Ulbra sairá mais potente do que entrou na recuperação judicial. Em pouco tempo conseguimos resgatar a autonomia universitária e elevar o conceito de avaliação da instituição ao nível máximo de excelência perante o MEC", destaca o presidente da Aelbra.

"Os novos ajustes no plano buscam equacionar todas as dívidas e garantir estabilidade e segurança jurídica, o que garantirá mais celeridade aos avanços necessários na busca de mantermos o crescimento desse patrimônio do Rio Grande do Sul", destaca Melke.

Em nota divulgada nesta sexta, a Aelbra ressalta que nada muda para as classes I, II e IV da recuperação judicial. Com esse pequeno ajuste proposto no plano de recuperação, a única classe que terá alteração é a III, sendo oferecida a possibilidade de converter os créditos em ações da companhia.

Os trabalhadores (classe I) permanecerão com as mesmas vantagens aprovadas no final do ano passado. Já foram pagos R$ 50 milhões no final de 2022 e início de 2023, o que permitiu quitar 100% da dívida com mais de 1,6 mil trabalhadores.

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