Após uma reunião com a Trensurb nesta sexta-feira (25), o Sindicato dos Metroviários do RS optou por suspender a greve que havia sido aprovada para o sábado (26). No encontro, que foi realizado no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4), a empresa apresentou uma nova proposta, que foi aceita pelo sindicato. No entanto, a categoria ainda precisará negociar melhorias relacionadas ao plano de carreira e aos valores cobrados pelo plano de saúde.
A proposta inclui:
• Pagamento do índice de 3,45 correspondente às perdas salariais do período revisando, retroativo a 1º de maio de 2023, com implementação na próxima folha de pagamento (competência setembro, com pagamento em outubro);
• Majoração do auxílio alimentação para R$ 1.355,83, correspondente a trinta tíquetes mensais e integração da cesta-básica no valor da décima terceira parcela do auxílio-alimentação, o que corresponde a um índice de aumento de 22,62%, desde a data-base, com o recebimento nos mesmos moldes da proposta anterior;
• Inclusão, na cláusula referente ao adicional de risco de vida, de que a natureza da segurança metroviária, instituída pela Lei n. 6.149/74, não se confunde com o adicional previsto para a categoria de vigilantes. O Sindicato, em decorrência, peticionará na ação declaratória movida contra a empresa, postulando a desistência do processo (0020339-60.2022.5.04.0005), com a concordância da Trensurb;
• Cláusula garantindo a vigência da próxima norma coletiva por um período de dois anos, com pagamento integral do índice de reposição salarial do período 2024/2025, bem como o compromisso da inclusão de na pauta de reivindicação da possibilidade de negociar a diferença do índice inflacionário de 2023/2024, de 0,38%;
• Renovação da norma coletiva por dois anos, de maio de 2023 a abril de 2025;
• Renovação das demais cláusulas sociais estabelecidas na norma revisada.
Negociações devem continuar
De acordo com o diretor jurídico do Sindicato, Ronas Augustin Mendes Filho, a categoria deve continuar negociando outras melhorias com a Trensurb. Ele afirma que os metroviários não têm a intenção de prejudicar a população. “O acordo não contempla totalmente as perdas, mas a categoria é sensível quanto à situação econômica do país”, explicou.
Ainda não há previsão de futuras reuniões. Segundo Ronas, o Sindimetrô também busca audiências com o governo do Estado para acelerar a pauta da não privatização da Trensurb.
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