Seguem, nesta quarta-feira (30), as buscas ao homem de 42 anos que manteve a companheira, de 29 anos, e o filho dela, de sete, em cárcere privado parcial e sob torturas durante cerca de seis meses. O caso brutal aconteceu em Taquara, no Vale do Paranhana.
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O vendedor ambulante natural de Ipubi, em Pernambuco, conheceu a vítima pelas redes sociais. Eles mantinham um relacionamento há um ano. Inicialmente, a relação era estável, no entanto, depois que ela se mudou para a casa dele, as agressões passaram a ser rotineiras.
Relato das agressões
À Polícia, a mulher disse que o homem batia nos dois com cabos de vassoura, dava choques, estuprava ambos e chegou a arrancar um dente da companheira com alicate entre outros tipos de violência.
A mulher contou que todas as brigas, que envolveram, ainda, outros tipos de violência, começavam por motivos fúteis.
Fuga
Ela e a criança conseguiram fugir do local na segunda-feira (28). A jovem disse ao homem que tinha uma reunião na instituição de ensino do menino. Ao chegar lá, ela relatou a situação para uma professora, que solicitou uma viagem por aplicativo para que as vítimas fugissem.
Após a fuga, os dois chegaram a ficar em situação de rua, até pedir ajuda da Brigada Militar (BM). O caso, então, foi registrado na Polícia Civil e, depois de prestar depoimento, a mulher e o filho foram levados para um abrigo.
O nome do agressor não é divulgado pela reportagem para preservar as vítimas, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Denúncias
Policiais foram até a casa onde a família morava, mas não encontraram o agressor. No local, contudo, foram apreendidos materiais e instrumentos que o homem usava para torturar mãe e filho. Entre os itens recolhidos estão fios desencapados que eram utilizados para dar choques elétricos e cabos de vassoura.
“Com 13 anos de Polícia, nunca vi algo com tamanha brutalidade”, afirma o delegado Valeriano Garcia Neto, titular da Delegacia de Polícia (DP) de Taquara, que investiga o caso.
O delegado pede ajuda da comunidade para levantar pistas sobre o paradeiro do homem. Quem tiver qualquer informação pode entrar em contato com a Polícia pelo telefone (51) 98443-3481. O sigilo do denunciante é garantido pela instituição.
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