Depois de ter a casa invadida por ladrões durante o feriado, enquanto passeava com a esposa, um empresário de 31 anos vive o medo do retorno dos criminosos. “Eles levaram muita coisa e deixaram várias outras prontas para buscar em outro momento. Temos medo que voltem. Dormir e acordar com alguém aqui dentro para roubar mais”, declara a vítima, que mora em Campo Bom e trabalha em Novo Hamburgo.
Foto: Reprodução/Google Maps
A quadrilha conseguiu desmontar o sistema de segurança da propriedade e descobriu compartimentos onde eram guardados objetos caros e armas. Foram furtados bens valiosos, principalmente joias, mas o maior transtorno é com as duas pistolas, de calibres 380 e 40. “Eram para nossa defesa, todas com registro. Fui à Polícia e já contratei um despachante para os comunicados ao Exército. Imagina se cometem assaltos com minhas armas?”
Maldade com animal
A suspeita é que a residência do bairro Paulista, apesar do muro de três metros de altura, vinha sendo vigiada pelo bando. “Na terça-feira da semana passada, à noite, ouvimos um grito da nossa cadela pitbull e a chamamos para dentro. Estava gravemente ferida no olho e a levamos com urgência para atendimento veterinário. Era como se alguém tivesse dado uma paulada. Ela passou por procedimento e, como ainda estava em tratamento com antibióticos, a levamos na viagem.”
A saída foi na tarde do dia 12. No retorno, por volta das 22h30 de sábado (14), o portão eletrônico não abria. “Arrebentaram e colocaram de volta no lugar para disfarçar. Os cabos do sistema de alarme estavam cortados. Encontramos a casa toda revirada. Daí ligamos os pontos com a maldade à nossa cachorra.”
Ladrões descobriram fundo falso das pistolas
Os invasores descobriram um fundo falso onde eram guardadas as armas. Entre as joias, pegaram relógios importados e um anel de ouro da falecida sogra do empresário. Perfumes, roupas e calçados de grife também foram furtados. “Tinha uma adega cheia de uísques. Levaram tudo.”
Como os invasores rastrearam a possibilidade de outros fundos falsos, o temor do empreendedor é que os invasores voltem. “Para ter ideia, arrebentaram o suporte do televisor e deixaram o aparelho no sofá. Também enrolaram outros pertences em um lençol. Tinham separado para buscar.” O bando limpou até a geladeira. “Fizeram lanche enquanto roubavam.”
O empresário mora há três anos no local. “Vim em busca de paz e segurança depois de três assaltos que sofremos no bairro Imigrante, também em Campo Bom. O último roubo foi tão traumatizante que vendemos a casa naquele condomínio e mudamos para o Paulista.”
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