CRIME PASSIONAL
"Saíram para rezar juntos": Sargento do Exército é morto e tem corpo incendiado por amigo
Vítima tinha relacionamento com ex-namorada do suspeito. Homem foi encontrado em chamas dentro do próprio veículo em Porto Alegre
Última atualização: 22/08/2023 08:13
Um carro incendiado no bairro Belém Novo, em Porto Alegre, levou a Polícia a investigar um homicídio na noite de sexta-feira (14). Por volta das 21 horas, o Corpo de Bombeiros foi chamado para conter as chamas em um veículo na Estrada Francisca de Oliveira Vieira.
No entanto, ao chegarem ao local, a equipe encontrou algo além de um simples Ford Fiesta pegando fogo: havia um homem morto dentro do carro.
Assim que o cadáver foi visto, a Brigada Militar e a Delegacia de Polícia de Homicídios de Proteção à Pessoa (DPHPP) foi acionada. A vítima foi identificada como sendo Thalys Gonçalves Rocha, de 23 anos, proprietário do Fiesta. Ele era sargento do 8º Regimento de Cavalaria.
Conforme o delegado Vinícius Seolin, o motivo do crime foi revelado pela namorada da vítima, com quem Rocha estava há cerca de seis meses. Antes de ter um relacionamento com o sargento, a mulher namorava com um amigo dele. O homem, de 32 anos, não aceitava o término e rompeu a ligação com Rocha assim que ele começou a namorar a ex.
No entanto, eles voltaram a se reaproximar. "Como a vítima era religiosa, o suspeito fez contato com o militar e eles saíram para rezar juntos na noite de ontem [sexta]. Ele saiu de casa por volta das 19 horas", explica Seolin.
Então, a Polícia foi atrás do homem. A casa dele não fica muito longe do ponto onde abandonou o carro da vítima no bairro Belém Novo. O suspeito foi encontrado sujo de terra e com uma das mãos queimadas. Interrogado, se mostrou nervoso, mas admitiu o crime e foi preso.
Ainda não se sabe, no entanto, como o homem teria matado o sargento. "A pericia deve informar se tem perfuração de tiro, se foi faca, asfixia. Isso não pôde ser apurado na hora em que o corpo foi encontrado por causa do estado em que se encontrava", esclarece o delegado.
A Polícia deve investigar se houve participação de uma segunda pessoa no crime.