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SÃO LEOPOLDO

Saiba os tipos de literatura que não podem faltar na estante da patrona da Feira do Livro

Andrea Rahmeier é professora da rede municipal, doutora em História, pesquisadora e escritora sobre a imigração no Rio Grande do Sul

Renata Strapazzon
Publicado em: 27/09/2023 às 03h:00 Última atualização: 18/10/2023 às 20h:06
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Professora da rede municipal, ex-integrante da diretoria do Ceprol Sindicato, doutora em História, pesquisadora e escritora sobre a imigração no Rio Grande do Sul e sobre o período da 2ª Guerra Mundial com enfoque nas relações entre Brasil e Alemanha.

Andrea é professora, doutora em História, pesquisadora e escritora sobre a imigração no RS



Andrea é professora, doutora em História, pesquisadora e escritora sobre a imigração no RS

Foto: Thales Ferreira/Divulgação Prefeitura de São Leopoldo

Esta é Andrea Rahmeier, a patrona da 37ª Feira do Livro de São Leopoldo. Em suas próprias palavras, uma pessoa que gosta mais de escrever que falar. E assim, escrevendo, Andrea chegou longe. Sua obra mais recente Diplomacia, Jogos Políticos, Intrigas e Guerra, que está em segunda edição, concorre ao prêmio Jabuti deste ano na categoria não ficção, área Ciências Humanas.

Andrea conta que a literatura e o hábito de ler sempre estiveram presentes em sua vida desde sua jornada como estudante da educação básica. “Minha mãe cansou de tentar me tirar das leituras de livros, alguns que lembro de partes das histórias até hoje. Acredito que ler nos leva para outros lugares e culturas, contribui para nossa leitura do mundo, nos desacomoda, nos impacta”, diz.

“O livro amplia a compreensão de mundo, encanta, nos proporciona empatia e nos leva a culturas diferentes. Nos faz pensar e repensar. A Feira do Livro é uma oportunidade de contato com esse universo literário, seja de ficção ou não ficção. É nesse contato que despertamos o gosto pela leitura, que está no nosso lar, na escola, na universidade.”

Reconhecimento

Para Andrea, o título de patrona da feira do livro representa reconhecimento a sua trajetória como escritora. “A minha caminhada como escritora é o resultado das pessoas que me cercam. Sou leopoldense de coração, vivo na cidade há exatos 30 anos, desde quando vim morar na cidade para cursar a faculdade de História na Unisinos. O início da minha carreira e a minha formação na área de História andaram juntas”, comenta ela, que tem passagens pelas escolas Mario Fonseca, Maria Emília de Paula, Edgard Coelho, Olímpio, João Goulart e que atualmente trabalha na João Carlos von Hohendorff.

“Sendo assim, para mim, ser a patrona da Feira do Livro representa um reconhecimento da minha trajetória como escritora e pesquisadora da história, mas também o reconhecimento da minha trajetória como professora desta rede. A docência e o ato de pesquisar e escrever na minha vida sempre andaram juntos, e ser professora da rede pública de São Leopoldo e escritora formam quem eu sou e me dão muito orgulho”, completa.

Cinco tipos

Apesar de escrever principalmente sobre a imigração e questões relativas à educação em seus livros e artigos científicos, a biblioteca de Andrea é bastante variada. Segundo ela, em sua estante não podem faltar cinco tipos de livros: “de poetas da minha cidade, sobre povos indígenas escrito por indígenas, sobre a cultura e a história dos afrodescendentes, feministas e sobre história em geral.”

O poder do exemplo

Para Andrea, o melhor incentivo para que as crianças e adolescentes despertem o gosto pela leitura vem do exemplo. “ Que os pais criem o hábito de ler para seus filhos, além de lerem com seus filhos”, ensina. Outra dica da patrona é a criação do hábito por meio de ações que aproximem o escritor e o leitor, como o projeto LeiturAção, que é desenvolvido na rede municipal de São Leopoldo há mais de uma década. “Já a Feira do Livro é uma outra oportunidade de contato com esse universo literário, seja de ficção ou não ficção. É nesse contato que em alguns despertamos o gosto pela leitura, em outros o aprimoramos”, diz.

Olhar plural para o Bicentenário

O tema da feira deste ano destaca as histórias da cidade, rumo ao seu Bicentenário. Uma escolha importante, segundo a patrona, ressaltando todos os povos que enriquecem a cultura da cidade. “Precisamos pensar neste olhar plural para festejarmos estes 200 anos, pois nenhuma cultura se forma no isolamento, mas sim na interação com outras culturas. Pensar e desenvolver o tema do Bicentenário de forma plural e inclusiva, valorizando os lugares de memória dos povos que aqui estiveram e os imigrantes que se juntaram.”

Programação desta quarta-feira

9h- Palestra Show com Chiquinho DivilasRAPensando a EducaçãoLona de Circo;

10h- Coletivo Projeto Gompa- Teatro “As Aventuras do Pequeno Príncipe”- Palco Principal;

14h- Coletivo Projeto Gompa- Teatro “As Aventuras do Pequeno Príncipe”- Palco Principal;

17h30 Lançamento de Livro e Mesa Literária Letramento Racial – Espaço Literário

18h- Mesa Literária: “Bicentenário de Uma Cidade Plural”- com a patrona Andrea Rahmeier, Paulo Moreira e Renata de Matos – Espaço Escola Pública Dá Certo

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