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COLECIONADORES AUTOMOTIVOS

Saiba como obter uma placa preta e por que ela valoriza muito o veículo antigo

Serviço é oferecido por entidades credenciadas e pode ser mais rápido do que muita gente imagina

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Publicado em: 20/10/2023 às 05h:00 Última atualização: 20/10/2023 às 07h:37
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Charmosa e estilosa, a placa preta é objeto de desejo de colecionadores e admiradores de veículos antigos. Além de conferir a originalidade, também valoriza o modelo no momento de uma eventual revenda.

A boa notícia é que o processo para obter a placa preta é mais rápido do que muitos imaginam. Antes de mais nada, é preciso ressaltar que a placa preta para veículos antigos é diferente daquela utilizada por veículos oficiais, como prefeituras, pois identifica um exemplar de coleção.

Para consegui-la, é necessário que o automóvel, moto, ônibus ou caminhão tenha sido fabricado há 30 anos ou mais, esteja em bom estado de conservação e atinja um mínimo de 80 pontos na vistoria de originalidade.

“O primeiro passo é filiar-se a um clube, que é o responsável por informar anualmente à Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) sobre os Certificados de Veículo de Coleção (CVCOL) expedidos, mantendo obrigatoriamente um cadastro de associados e suas placas pretas”, explica Diogo Boos, presidente da Associação Brasileira de Colecionadores de Veículos Antigos (TopClassic).

A segunda etapa é agendar a vistoria com o clube. “Nós temos um importante diferencial: realizamos uma pré-vistoria sem compromisso para informar o proprietário se o veículo atingirá o mínimo de 80 pontos na vistoria ou se necessitará realizar adequações para ficar dentro dos padrões exigidos”, reforça Boos.

Depois da aprovação, o proprietário leva o veículo ao centro de registro de veículos do Detran para efetivar a mudança de categoria, pagando as respectivas taxas e colocando a placa preta. Todo esse processo costuma ser rápido, levando em média 48 horas.

A placa preta tem validade de cinco anos, a contar da data de expedição. Após esse período, o veículo deverá passar por uma nova vistoria com a finalidade de constatar se ainda está dentro do mínimo de 80 pontos de originalidade.

Placa preta é um selo de qualidade

Os apaixonados não têm dúvida: a placa preta é um importante selo de qualidade para o veículo, garantindo sua originalidade. O restaurador de carros João Carlos Führ, de 52 anos, tem três modelos com esse diferencial: um Fusca 1973, uma Brasília 1975 e um Fusca 1986.

Restaurador de carros João Carlos Führ tem três modelos com esse diferencial | Jornal NH



Restaurador de carros João Carlos Führ tem três modelos com esse diferencial

Foto: Adair Santos/Divulgação

Outros quatro carros antigos que ele mantém na garagem estão apenas aguardando o aniversário de 30 anos para o encaminhamento da documentação. “A placa preta sempre foi um sonho. É um grande orgulho para qualquer colecionador”, garante o morador de Estância Velha.

O auxiliar administrativo Lucas Premaor, 26 anos, cresceu em meio aos carros e encontros de veículos antigos. Após a morte do pai, Daniel Premaor, é ele quem cuida do Chevrolet Bel Air 1957, do Fusca 1983 e da Brasília 1978, todos com placa preta. “Carro com placa preta chama mais a atenção e é sinônimo de veículo bem conservado”, opina Lucas.

Identificação valoriza o veículo na hora da revenda

O comerciante Adilson da Rosa Pinto, 45 anos, de Novo Hamburgo, transformou a paixão por veículos antigos em um negócio rentável e garante: um carro pode valorizar entre 20% e 30% se tiver placa preta.

Adilson avalia que carro pode valorizar entre 20% e 30% | Jornal NH



Adilson avalia que carro pode valorizar entre 20% e 30%

Foto: Adair Santos/Divulgação

“Além disso, tem chances de vender muito mais rápido em relação a um modelo idêntico e no mesmo estado de conservação, mas com as placas tradicionais”, constata. A placa preta é um item adicional que reforça o bom estado de conservação do carro.

Por fim, caso algum veículo venha a colidir em um carro antigo e acione o seu seguro para terceiros, a placa preta é um importante argumento para reivindicar o pagamento do valor real do carro, que costuma ser muito acima da tabela Fipe.

Exemplo: um Chevrolet Opala Comodoro SLEA 4.1 ano 1990 está cotado em R$ 35 mil pela Fipe, mas seu valor real de mercado facilmente ultrapassa os R$ 50 mil, podendo chegar a R$ 70 mil ou R$ 80 mil, dependendo da configuração de cada carro.

Despachante pode fornecer?

É preciso ter em mente que despachantes não podem fornecer a placa preta, apenas clubes de carros antigos devidamente credenciados pela Senatran.

O despachante pode apenas indicar um clube de sua confiança para a vistoria e, após, realizar o encaminhamento ao Detran para efetivar a placa preta.

Conforme Diogo, é preciso redobrar os cuidados com entidades não-credenciadas que oferecem a placa preta irregular, chamada popularmente de “placa treta”.

Antigo rebaixado ou tunado pode ter?

Importante ressaltar que veículos antigos rebaixados e tunados não podem receber a placa preta, mas podem encaminhar a placa de veículo modificado, que tem fundo branco e caracteres na cor prata.
Para isso, basta fazer vistoria junto ao Detran para solicitar o Certificado de Segurança Veicular (CSV) no documento. Para destacar carros dessa modalidade, o TopClassic fornece uma moldura de placa com a inscrição Veículo de Coleção.

Saiba mais sobre o TopClassic

Filiada à Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA), a Associação Brasileira de Colecionadores de Veículos Antigos (TopClassic Veículos Antigos) foi oficialmente criada em 26 de agosto de 2014 e tem sua sede em Novo Hamburgo.

A entidade tem mais de 500 sócios em Estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, destacando-se em nível nacional ao auxiliar colecionadores na obtenção da tão sonhada placa preta.

Para isso, conta com vistoriadores devidamente qualificados em diversas regiões. Contatos podem ser feitos pelo e-mail topclassic@topclassic.com.br e WhatsApp (51) 99400-5980.

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